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sábado, novembro 29, 2003
Fui lá (consegui acordar cedo num sábado) e vi a mulher. E o negócio está fechado. Ela quer meu site. Peguei o metro sorrindo, que é um crime no país das caras fechadas. Ela é maravilhosa. A casa dela é linda, os filhos (3) são lindos, o trabalho dela é lindo, o marido dela é... bom, ele é feio. Mas ninguém é perfeito...
Fiquei lá quase que 3 horas. Conversamos, inventei um preço, na lata. Ela disse Ok, sem nem piscar. We're in business! Talvez vou ganhar uma fotos como parte do pagamento.
sexta-feira, novembro 28, 2003
Ah não. Mais um não. Mais um Natal nessa terra... Todo aquele comercialismo barato que tenho que aguentar. A obrigação de comprar presentinhos para pessoas que não queremos presentear. E a falta total de imaginação pra escolher esse benditos presentes. Alguém quer ganhar MAIS um CD com MAIS uma camiseta?
Depois tem toda a cafonice das decoraçőes bregas, e das bolas, e dourados, músicas, neve falsa nas janelas das casas, e os pobres pinheirinhos que perdem a vida pra virar porta-badulaques.
Mas o problema do Natal é a pressão que a gente sente pra se divertir, mesmo sem gostar da ocasião. Longe da família, nesse frio.
Quero minha praia!
Protesto!
Esse blogger acaba com o tesăo de qualquer um. Está fora do ar 80% do tempo. Ou "em manutenção" ou simplesmente "the page cannot be displayed". Que porra é essa? E o meu post bonitinho que vocęs apagam cada vez que isso acontece? E todos os meus (dois) leitores que não podem acessar minhas pérolas de sabedoria? Pelamordedeus!
Vim ao trabalho por um caminho diferente. E vim rindo. De um homen que é capaz de escrever um livro todinho sobre uma caixa de cigarro Camels.
quinta-feira, novembro 27, 2003
Será que a época dos e-mails aumenta-pęnis está passando? Porque agora, a maior novidade de spam que estou recebendo são convites para assistir vídeos do que acontece no Hilton Paris. Alguém "conseguiu" filmar alguma coisa escondido. Interessante, essa. O que será?
Vou pra Londres segunda feira. Fico 2 noites. Hum.
quarta-feira, novembro 26, 2003
Alguém me entende. :)
Como diz meu amigo Curt
"This is the season when Americans eat turkey... Weird..."
Ta ta ta ta tan tan. Ta ta ta ta tan tan. (= eu, de novo, dançando no escritório). Recebi os meus livros do Tom Robbins. Alegriiiiiiiiiiiiia. Esse homen é o melhor. E terminei meu livro indiano ontém, de madrugada, no sofa. Estava já com falta de ar. O desespero de não ter o que ler. E eles chegaram agora, delivery, bonitinhos, no escritório. Eu amo gastar meu dinheiro na Amazon. E amo Tom Robbins. Estou feliz.
Aaaaaahn... TPM. Tudo se explica. Entendi tudo. A mini dorzinha de cabeça, a irritação, a caręncia afetiva gigantesca e sem fim... A montanha russa de sentimentos babacoides, a insônia. Entendi...
Ontém o Chico veio em casa. Está fazendo uma exposição com sua irmã e um outro carinha. E me pediram pra fazer o flyerzinho, o convite. Botaram mó fé na minha capacidade pra salvar a vida deles. Não deu outra! Problemas técnicos. Medo. Fui dormir sonhando com aquilo. Tudo o que as pessoas diziam, virava texto que eu colocava do lado das imágens do flyer, na minha cabecinha maluca! Estava diagramando os diálogos! Hoje ele volta, pobrezito, com sua irmã.
terça-feira, novembro 25, 2003
Vishe. Meu colega está achando que é o Jim Morrison re-incarnado.
Bebi, lá no "sur". Dos bons, e puro. Desce redondinho, e esquenta a barriga.
Era uma vez, um gato xadrez....
Lembra? Qual é o final disso?
Aaaaaaaaaaah, mas que tortura! O homi do site me respondeu. Yada, yada, yada. O meu "approach" é equilibrado. Gostou da simplicidade de um outro site (muito tosco) que eu fiz. Está tentando resolver se quer um site pessoal ou um negócio pra firma que ele talvez montaria. Don't call us, we'll call you.
Se tem uma coisa que eu não possuo, é pacięncia!
Fato Cultural do Dia:
Esse ano, com o calor absurdo na França (que matou metado dos velinhos), as uvinhas cresceram muito bem. O pessoal lá do "sur" está todo empolgado por causa da boa qualidade da frutinha. O vinho 2003 será muito bom. Para os franceses que quiserem escolher uma boa garrafa ŕ presentear daqui ŕ alguns anos, escolherăo uma desse ano, com certeza. Os brasileiros com um pouco de sobra no banco também...
Quando estive lá, os vinhedos estavam todos amarelinhos, e os que ainda tinham uvas, pesadíssimos...
Eita! O blogger surtou. Foi hijacked...
Ontém, na aula, o Prof. resolveu dar uma hora de música. Pensei comigo mesma: isso é uma aula, é pra aprender. Se não for aqui, onde é que vou aprender? Peguei toda minha boa vontade, e fui tocar pandeiro.
Que mico!
Senso de rítmo: ZERO
Borogodó brasileiro: ZERO
Alguma coisinha das aulas de batucada: ZERO
Inteligęncia básica: ZERO
Aulas Waldorf de violino, piano, flauta, coral, etc: ZERO
Vixe...
Estou com a mão doendo até agora.
E depois de uma hora só de música, ele resolveu colocar todo o tempo perdido no final do restinho de tempo que sobrou. Tinha pouca gente na aula, então foi muito foda. Apanhei de um velinho. Tem dois deles no grupo. Carecas, e cabelo branquinho. E com cara de fracotinhos. Mas só cara mesmo. Porque eles são um monte de músculos e técnica. Mais mico.
segunda-feira, novembro 24, 2003
Fazem 10 anos (DEZ!) que me formei no colegial. Que medo. O povo da minha escola de São Paulo, e o povo da minha escola da Inglaterra estão fazendo reuniőes pra todos os lados. E eu aqui, longe de todos. Não vou ver ninguém. Azar.
Marseilles...
Aaaaaah, mas fazia tempo que queria conhecer esse lugar. Muito tempo. Marseilles está para Paris assim como o Rio está para São Paulo. Rivalidade em tudo, e parece que vocę está em outro país. A cidade está mais pra norte da Africa do que França, isso sem dúvidas. Só passei meio dia lá, então não sou nenhuma grande entendida, mas o lugar está cheio de grafitti, jóvens desocupados, e mau cheiro. Muitas meninas "Dark", e punks perdidos no tempo. O pessoal parece meio invocado no começo, precisava de um pouco de carinho antes deles amançarem. Mas ela é construída em volta de uma marina, com muitos, muitos barcos. Um lado os veleiros, outro lado as lanchas. Tem aquele cheirinho bom de mar, e aquele barulho gostoso dos cabos dos veleiros batendo nos mastros.
Voltei. Voltei pra cidade grande, pro trabalho, pra poluição e pro mau humor. Ô dó. Foi um fim de semana lindo. Pegamos o trem TGV pra Marseille, e depois um tremzinho local e descemos numa micro cidadezinha chamada Sanary. Ficamos numa casa linda, maravilhosa, antigona. Daquelas onde os camponses de outrora moravam. É um lugar onde tem vinho, e azeite. E vista pro mar no fundo do quintal. E um bocado de carinho e atenção. Queria morar lá...
quinta-feira, novembro 20, 2003
Tem dia que começa mal, mas que termina muuuuuuuuuito bem! Que termina um tesão!!! Eu estressando sobre o site do outro moço, e estressando porque o menino estava atrasado e nem me ligou, e daí, fico sabendo que vou fazer o site da mulher maravilha! E ela é, maravilha. Ela é quem eu quero ser quando crescer. Um montão de talento, e bonita, e simpática, e muito foda. Totalmente foda. E ela quer um site, um site meu!!!!
Ai medo. Agora é o dia clássico de nervosismo que ocorre depois de entregar uma proposta para uma pessoa com quem quero muito trabalhar. Ele disse pro amigo dele, meu cliente, que sou a terceira pessoa com quem ele fala sobre isso, e que sou a que ele gostou mais. Wooooooooooooohooooooooo! Agora, será que sou a mais cara? Barata? Estranha? A mais velha? A mais nova? A mais mulher (tem muito homen nesse business)? Ai medo.
Hoje está parecendo uma segunda feira, das clássicas. Saí de casa atrasada (o que não é nada de excepcional) e fiquei mais de 45 minutos estacionada na plataforma do metro, tentando achar um vagão com uma quantidade humana de pessoas espremidas do lado de dentro. Pois é. Não tinha. Todos os metros que entravam na estação estavam completamente abarrotados de gente mal humorada e com mau hálito. Não dá.
A companhia de metro, RATP, é também conhecida como "Rentre Avec Tes Pieds" (Volte pra casa com teus próprios pés).
Chegando no escritório, o menino da recepção não estava. Caiu de moto. Quebrou o pulso, machucou o tornozelo e o joelho. Precisamos de alguém na recepçăo. Então sobra pra nós. Meia hora cada, rodízio. Eta alegria!
O colega na minha frente já chegou irritado. Só pensa em reclamar. A outra está cansada de falar sozinha e ninguém ouvir (sendo que nada do que ela diz interessa alguém) também se irritou.
Mas tudo bem, tudo bem. Tá limpo. Hoje ŕ noite tem "Portes Ouvertes" nos atelięs de artistas num bairro do norte de Paris. O Chico está participando. Depois, amanha de manha cedinho, pego o trem e vou-me embora daqui. Este blog estará de férias alguns dias...
quarta-feira, novembro 19, 2003
Acho que resolvi os preços pro novo "cliente". Mas e o medo? E se estiver caro demais? E barato demais? E se ele sair correndo e nunca mais voltar? Ui.
Ô confusão na minha cuca, os pensamento voando por aí, uns dando trombadas nos outros. Uns atrapalham o caminho dos outros, e cada colisão catastrófica. Ai, ai, ai, essa minha cabecinha vai fundir...
Sol Aqui
Sol aqui
dentro de mim
e eram duas
as minhas ternuras
uma minha
outra tua
e juntas eram
forma de
amor
de calor
forma de
sol
dentro de mim.
Sabe lá se
tenho galaxias
a pesquisar
sabe lá se no
meu ego existe
seres lunares
terrestres equestres.
Por mim não
importa
pois tenho um
sim, um não
um universo, um grão
dois pés, duas mãos
e duas das minhas
preferidas ternuras
uma minha
uma tua
uma verde
outra madura
uma grave
uma aguda
e juntas são
forma de
amor
de calor
forma de
sol aqui
dentro de mim.
Stefan
Ŕs vezes, a gente está no escritório, e o povo insiste em contar todos os detalhes do trabalho deles. E ŕs vezes, a gente gostaria de fazer o próprio trabalho, em vez de ficar ouvindo eles falarem sobre o deles. Ŕs vezes, eu não me interesso pelo tipo de hotel onde a moça vai ficar na viágem dela, e não me interesso pela maneira que o moço organisa suas visitas. E ŕs vezes, gostaria de ter um pouco de silęncio e calma no escritório. Mas parece que sou meio estranha quando acho essas coisas.
O mapa tosco abaixo é o metro de Paris. Eu sei, tá feio, e não dá pra ver grande coisa. Mas o pontinho vermelho no canto, quase caindo pra fora da cidade, é a minha casa. Moro no bairro 12. Um bairro cheio de velhos mal-humorados, e muitas farmácias (com muitos remédios pros velhos mal-humorados). Mas o bairro fica pertinho de um belo parque (Vincennes), e tem um belo apartamento (o meu), e minha irmã mora pertinho, e é tranquilo. Voilŕ.
A agonia de não entender os outros é enorme.
Mas a de não entender a si mesma é muito pior.
terça-feira, novembro 18, 2003
era uma vez
eu
e comecei tudo ao mesmo tempo
e nada dava certo
então comecei outras coisas
e agora não entendo mais nada
e será que vocę poderá entender?
será que vou te fazer mal?
será que vai dar certo?
será que deve?
Estou impressionada. Caramba. Sabe aquelas pessoas que a gente encontra, e gosta imediatamente? Eles nem precisam abrir a boca, e a gente já sabe que vai se dar bem? Então. E olha que eu tinha resolvido que o cara seria um chato, meio pedante e bem difícil. Mas não. Ele quer um site legal, tem ideias legais, e simplesmente é uma pessoa agradável. Gostei mesmo. Espero que dę pra trabalharmos juntos. Espero mesmo. Agora vai ser uma questão de preço. Mas assim é a vida.
Dá vontade de fazer o negócio de graça!
Ele trabalhava numa enorme agęncia de publicidade, e fugiu do mundo "corporate". Porque será que eu só ouço falar nesse tema ultimamente?
Então, já que a inspiração está longe, parto para a literatura.
Voltei pra India para a imaginação. Estou no comecinho do livro, mas parece que vai ser muito bom. Uma ideia louquissima dessa cultura tão maluca...
Eu vou, eu vou... Uuuuuuuuuuuuuuuuuuhuuuuuuuuuu! Eu vou! Vou passear esse fim de semana. Vou tirar a sexta feira, e vou passear de TGV. Yeh! Conhecer um pouco desse país. E sem gastar dinheiro. Yeh!
Faltei na aula. Não deu pra ir. E sexta feira, se tudo der certo, vou faltar de novo. Mas vai ser por uma boa causa. Ô alegria!
segunda-feira, novembro 17, 2003
Ui, que medo. Sou eu, fingindo que sei fumar... Fotinhos da Babs.
Putz! O pior é que faz sentido...
"Why do people have to kill people, who have killed people, to show that killing people is wrong?"
Gostinho bom, de fim de semana bem vivido...
domingo, novembro 16, 2003
Tirei férias. Não fiz nada o dia todo. Só dormi, e ouvi musica antiga, da época da minha mãe...
Parece que não aprendo. Ou talvez seja somente a melhor maneira de exercer minha liberdade.
I just don't know what to do with myself
sábado, novembro 15, 2003
Leçon de seduction numero 1:
"Tu est vraiment mignonne", sussurrado no ouvido de alguma menina com quem vocę está afim de ficar não é a melhor solução ao problema.
Dia completamente su-rre-al!
* Certas pessoas sabem fritar meus neurônios com um simples olhar.
* Paris Photo.
* Joguei futebol com um tiquinho de gente com maria-chiquinha numa loja de discos perto da Rue du Louvre.
* Fui fotografada por um reporter sentada em cima de um scooter sorrindo estupidamente.
sexta-feira, novembro 14, 2003
Tan-tan tan tan TAN tan... Tan-tan tan tan TAN tan... (= eu, dançando pelo escritório).
Tem um moço, amigo do outro moço, que também quer que eu faça um site. Yeh! Vou encontrar com ele semana que vem. Tomaaaaaaaaaaara que dę certo. Vai ser mais um pouquinho de din din que entra pra fundação de ajuda ŕ Bruna-quando-ela-voltar-pro-Brasil-sem-emprego-e-sem-casa-e-for-morar-embaixo-da-ponte. A fundação aceita qualquer doação (roupa, casa, um colchão, cesta básica, cheques, cartőes de crédito, dinheiro de qualquer país, amor, carinho, cafuné, etc... ).
Jézuis! Que mulher maravilhosa!
(Quer apostar que em Paris tem muito mais "plá" do que em qualquer cidade do Brasil?)
Hoje ŕ noite tem aula. Será que vou? Estou cansadita. (Insônia me acordou de madrugada e năo me deixou dormir de novo). Mas quero ver os amiguinhos (vou ganhar um Cd), e ainda por cima, comi por um village todo essa semana. Entăo um pouquinho de exercício năo vai fazer mal a ninguém. Afinal de contas, năo tem pança que resiste o que eu comi, nem com a minha magreza genética...
"Bonsoir"
Eu, correndo, atrasada, descendo a escada do metro.
"Bonsoir", sorriso amarelo, apertei o passo.
"Ça va, le Brésil?"
Epa! Como assim, Brasil? Quem é esse cara? O que ele sabe do Brasil? Como ele me conhece?
"Euh... oui... ça va bien".
Daí o tio embestalhou a falar. A conecçăo internet dele não estava funcionando. Sera que eu saberia concertar?
Entramos no metro juntos, e ele só falando. Ele sabia que sou brasileira, que trabalho com computadores, que eu morava alí. Não tenho a mínima ideia de onde ele tirou essas informaçőes. Será que tenho amnésia? Alzheimer's? Ou pior, que encontrei o homen na rua um dia, e contei a minha vida? Será que ele vem de outro planeta? Ou será que sou eu que sou extra-terrestre?
quinta-feira, novembro 13, 2003
Fora os e-mails de aumento de pęnis, a mais nova moda na minha caixa de correio são e-mails de diferentes lugares na Africa, que querem me mandar 25 milhőes de dolares pra minha conta. Ou querem que eu va buscar uma caixa com um tanto mais ou menos assim de notas de não sei quanto. Isso porque o pai/tio/sócio da pessoa foi um enorme ditador, e agora está morto. E a pessoa quer tirar toda a grana do pobre defunto do país. Daí eles vem morar na Europa, eu entrego a grana, e ganho 20%. Nada mal, esse negócio, né não? Alguém quer participar? ;)
Hoje ŕ noite vou jantar na casa do Sr. JBB. Esse moço me empregou quando eu era estudante muuuuuuuuuuuuuito pobre e fudida. Naquela época eu escrevia cartas pra ele, e mandava faxes. Ele merece respeito. Mesmo se o projeto dele, daquela época, ainda está pra acontecer. Ele conhece, e conviveu, com pessoas de todos os tipos. Mas o que me fascina é que ele jantava na casa do Dalí, com sua mulher Gala. Aquele Dalí, mesmo, o de verdade. Imagina? Ele tem um livro na casa dele, autografado pelo mesmo.
Galatea of the Spheres
quarta-feira, novembro 12, 2003
Gelei! Fui mexer no site do homi, e não vi bem todo o java script enrustido naquele treco. Quando fui testar a coisa, deu zebra feia. E o medo? Meu estomago congelou. Mas só precisa-se de um pouco de calma, que tudo da certo. Li o script com calma, entendi, e corrigi. Agora está tudo de volta ao normal, inclusive meus updates. Graças. Que alívio.
Vou pra casa trabalhar. Tenho que fazer updates no Mahdavi. O site não é meu, vou só colocar algumas obras novas. Mas meu santo, que homen mais charmoso! Ele é professor da Parsons. E pintor. E tem uma história maluquíssima.
Todos voces já leram Tom Robbins? Espero que sim. O homen é um gęnio. Dos bons. Estou tendo withdrawal symptoms porque faz muito tempo que não leio nada dele. Os livros tem ficção doidíssima, ao mesmo tempo que ele expőe toda a sua filosofia de vida, que é das boas. Vale a pena. Quem não encontrar os livros dele em portugues, aprendra inglęs...
Então minha gente. Estou começando a me informar. Morando aqui, longe da civilização (e voce que achava que a Europa era civilizada, hein?), eu não conheco Los Hermanos. Todo brasileiro que presta conhece, e ouve, e sabe do que se trata. Menos eu. Mas estou pra conhecer. Pedi assistęncia, e meu amigo baixou o CD. Daqui a pouquinho, vou ouvir! Que emoção! Preciso passar lá pra pegar o famoso CD, e vou saber de que todo mundo tanto fala. Ninguém imagina o quanto a gente se sente em outro planeta, longe do Brasil, sem conhecer essas coisas...
terça-feira, novembro 11, 2003
Ah mas não é possível. Eu não vou entender esse povo nunca. Nove anos que estou aqui, e ainda nem comecei a compreender. Qual é a deles? O que eles querem de mim? Não faz sentido nenhum. E eu, hoje, o dia todo, tentando entender alguma coisa. Mas não dá...
Ai meu corpo? Bota ai meu corpo nisso! Fui pra aula, e depois numa festa. E depois voltei. E doi tudo, tudinho. Desde a bunda até a sola dos pés. Inclusive, tenho uma bolha do tamanho do estado de São Paulo. Ui.
Sou a cantora mais empolgada do grupo. Isso porque cantar é a única coisa que faço melhor do que todos os outros. Não porque sei cantar. Sou completamente desafinada. E olha que tive aulas de piano, flauta doce, violino, etc. etc... Mas isso tudo não adiantou nada. Sou péssima com música. Mas ninguém entende as letras. Sou uma das únicas que fala portuguęs direito. Então canto muito.
Hoje teve um pobre coitado que fez aniversário. Sabe o que capoeiristas ganham de presente de aniversário? O dever de jogar com TODOS do grupo. Uma roda onde os jogadores vão entrando, um atrás do outro, e o carinha fica lá, sem o direito de sair. Ele vai voltar pra casa sem poder se levantar da cadeira durante uma semana. Cruiz!
domingo, novembro 09, 2003
chega! estou cansada, e nao consigo mais fazer isso. amanha volto, respondo aos e-mails, e concerto essa coisa feia. se alguem tiver alguma ideia, usem os comments ai do lado. estou meio perdida com esse template!
template under contruction...
um pouquinho de paciencia, que ja concerto, ja, ja
depois de uma semana de deitar tarde, ou não deitar, e de sair, passear, beber, andar, explorar a cidade, voltar pra casa ŕ pé de madrugada, o menino foi-se. pegou um ônibus ao proximo destino. vou sentir sua falta.
agora volto ŕ dormir normalmente (muito) e trabalhar.
Mais sobre a lua... Ontém de madrugada teve eclipse de lua. (ou talvéz eu bebi mais do que achava!)...
sábado, novembro 08, 2003
Sobe A Lua
Sobe a lua
E inteiro não estou
mas estou
meio meiado
cortado
no chao olhando
pra cima pra lua
uma noite tao bonita
um frio forte mas bom
as bochechas rosadas
e pelo meio arrepiado
meio saudavel
meio aflito
mas vivo
sob a lua
sobe a lua
e daqui de baixo
só vejo luz
dentes quebrados
pele marcada
sonhos e sonhos
e sonhos abandonados
e ser homem
a fim
fica mais dificil assim.
sob a lua
nao deixo nada
acontecer
e inteiro não estou
fico meio
meiado
cortando
tudo em dois
uma noite tão
serena me marca
pela falta plena
de eu ser só
metade
vivendo
querendo a outra metade
e no chao
olhando pra cima
pra lua
cheia
inteira
completa
eu vivo
sob a lua
sobe a lua
e daqui de baixo
só vejo luz.
Stefan
sexta-feira, novembro 07, 2003
Já está tudo explicado. Hoje é noite de lua cheia!
Um dia eu contei a historinha do meu cartão de embarque doido na India. Achei ele em casa outro dia, e aqui está:
O borrão alí do lado direito é uma "foto" de mim, que os Indianos da Indian Airlines usam como único comprovante de quem eu sou, meu nome, e que eu estava no voo certo...
Acordei estupidamente feliz. Não sei bem porque. Talvez seja por causa do sol, apesar do frio. Ou porque estou tão cansada, que nem deu tempo em pensar no mau humor. Talvez seja por causa do meu amigo da escola, que está morando em um cantinho da minha casa esses dias, e que estou re-conhecendo, depois de tantos anos. Ou por causa da música brega, dos anos 80, que tocou no mercado, que me deu vontade de cantar. Pode ser por causa do meu amigo de capoeira, que a gente encontrou ontém, num bar simpático, onde tocavam jazz muito bom ("combustiblé"). Ou por causa de uma voz bonita, que eu não conhecida, que ouvi ontem...
quinta-feira, novembro 06, 2003
Então. Eu quero voltar pro Brasil. E não sei o que vou fazer chegando lá. Não sei onde vou morar, onde vou arrumar um trabalho, nem como, nem com quem. Só sei que eu quero voltar. E ultimamente, todo mundo diz a mesma coisa:
- Tá maluca, mulher? Pra que voltar pro Brasil? Assalto, violęncia, trânsito, poluição, a economia que foi pras cucuias, desemprego, políticos corruptos, ignorância, pobreza... Quem tem emprego trabalha das 7 da matina até as 10 da noite, e não ganha quase nada. E esse povo tem sorte, porque o resto está é desempregago mesmo.
E por aí vai.
É, eu sei. Sei de tudo isso. E morro de medo, e de pena, e de raiva.
Mas eu moro nessa terra já fazem mais de 9 anos. E tenho saudades do Brasil. E se eu não voltar logo, não vou voltar nunca. E isso, sim, seria triste. Sou brasileira, apesar de alguns outros passaportes, e algumas outras linguas, e uma educação diferente.
Mas eu acho que deus é brasileiro, sim (ele deve estar de férias, só um tempinho). E acho que esse país vai dar certo. E acho que eu vou pastar chegando lá, mas que algum dia minha vida vai se encaixar. E acho que está na hora.
O outono chegou. As folhas das árvores no Invalides, que eu atravesso todos os dias pra chegar ao trabalho, amarelaram, todinhas, do um dia pro outro. Perto de casa elas caem como gotas de chuva. (Até entupiram a escada rolante que sai do metro!). Daqui a pouquinho, as árvores estarão todas peladas. E a cidade fica cinza...
"Freedom begins with remorse. (...) Though (...) first you must leave everything behind.
Freedom begins when the truth you pick --knowing a singular one doesn't exist anyway-- is the one you can live with. And every other choice you make is wrong. It begins when the charms of the past are revealed and known to you, and the charms of the future don't exist anymore. "
Anahita Firouz
Acabei o livro hoje. Chamado In the Walled Gardens. Iran antes da revolução. Uma mulher e um homen, um amor desde sempre. Mas ela é rica, e ele, da classe média. Ela se casa com um business man. Ele, revolucionário. Eles se encontram depois de vinte anos. E tudo continua na mesma. Mas não dá certo. Nunca dá certo. Ele ama ela, ela ama ele. Os dois sabem disso. Mas ninguém nunca fica com o grande amor da vida deles, certo?
Uma vez vi o finalzinho de um filme na tv. Não sei de que pais era. Talvez Iran, também. Um homen de classe média. A família tentando arranjar uma boa (rica) mulher pra ele. Ele não queria saber de nada. E um dia, encontra uma outra moça, se apaixona. Ela, linda, inteligente. Mas ela tem um filho. Mãe solteira, não virgem. E ele quer ficar com ela. Mas a família chega, e se intromete. E o cara não tem a coragem de se defender contra os pais. A última cena do filme é no casamento dele. Com a rica, gorda, feia. E ele pensando na outra. Mas ninguém nunca fica com o grande amor da vida.
Café já năo esta tendo o efeito desejado. Acho que preciso é de anfetaminas! Domingo, năo durmi por causa do jantar francęs. Segunda năo dormi por causa de uma conversa cybernética. Terça, o amigo chegou, e dormi na casa da minha sistah (conversas até as 3 da matina). E ontem, jantamos na casa dos malucos, voltamos tarde. Hoje vou sair, e amanha tambén. Yeh!
Quarta feira, dia 12 de Novembro, ŕs 20h.
Exposiçăo 12 ŕ 16 de novembro,
de quarta ŕ sexta, 14h ŕ 22h
sabado e domingo, 10h ŕ 22h
Pavilhăo da Bienal, Parque do Ibirapuera, terceiro andar, Săo Paulo
quarta-feira, novembro 05, 2003
Outro dia fomos assistir Anything Else do Woody Allen. Esse filme é como todos os outros dele. Dessa vez ele năo faz o papel principal, mas o moço que faz, na verdade, está fazendo o personagem do próprio. Ou seja, como ele está meio velho pra fazer o papel, pegou um jóvem pra fazer a mesma coisa em seu lugar. Mas năo adianta. Eu gosto do Woody. O filme năo tem nada de novo, mas continua sendo bonitinho.
A minha fitinha do senhor do bomfim, de quase DOIS anos atrás (completamente nojenta) arrebentou agora pouco! Miraculo! Claro que năo lembro dos desejos, mas tá limpo. Finalmente, aconteceu.
terça-feira, novembro 04, 2003
Meu amiguinho, dá época da escola, que eu não vejo a uns 10 anos, está chegando, pra ficar em casa essa semana. Ui, que medo. Antigamente, ele era uma gracinha. Espero que ele não tenha virado nerd, gordo e barrigudo...
Mais ou menos um ano atrás, eu dizia que meu esporte favorito era dormir. Como eu era feliz, naquela época. Daí, cortei o dedo, levei 5 pontos. Tręs semanas depois, cortei a outra măo, mais 3 pontos. O povo do hospital deu risada (uns enfermeiros liiiiiiiiiiiiiiiiiindos!). O roomeite disse que estava na hora de tomar conscięncia do meu corpo. Como? Fazendo algum esporte mais ativo do que dormir. Ô vida dura. Ainda estou sofrendo...
Jézuis! A graaaaaande capoeirista está de volta. Ontém, morrendo de medo antes da aula. E hoje, seriamente debilitada. Ando torto, fazendo careta. Năo consigo abaixar, ou subir e descer escadas, ou me movimentar de uma maneira "normal". E isso tudo é pura falta de atividade física.
segunda-feira, novembro 03, 2003
fui pra aula. fui mesmo. inventei um monte de desculpa, mas no final fui. o Helico (a Giulia chama ele de docinho de côco) que deu aula. Ô professor fofo. mas passei mal. fiquei com as pernas bambas! tremia os músculos. agora está ficando tudo duro. amanha vai ser foooooooooooooda! vou ter cara de inválida. não vai nem dar pra subir a escada do metro...
Mestre Marinheiro veio visitar, da Bahia.
Capital da moda, my ass!
Paris, que é considerada como um dos grandes centros fashion, me desespera. Quer comprar sapatos? Odeio comprar sapatos, em qualquer cidade, mas aqui, o nível de desgosto triplica-se. Os sapatos que a gente encontra em qualquer canto săo aqueles de bico fino, de-matar-barata-no-canto, como diz minha măe. Aqueles que deixam qualquer uma com um pé de lancha, e que ainda por cima, doem tanto que impedem a pessoa de andar direito. Afinal de contas, ninguém vestiria sapatos pra poder andar direito, certo? E nós, outras pessoas (estranhas), que gostam de usar sapatos que tem, mais ou menos, formato de pé, estamos fudidos. O que tem é caro, e pouco. E quando vocę, finalmente, feliz-da-vida, encontra um sapato legal, ve metade da cidade vestindo os mesmos. Isso tudo pra dizer que fiquei louca da vida, hoje, ao sair de casa, de ver uma mulher muito un-glamour vestindo exatamente os mesmos sapatos que eu, na frente da minha porta de entrada. Argh!
Falei que năo bebia coca-cola, né? Espertinha, eu. Pois é. Fiquei doente. Rapaz, passei mal ontém. Hoje, estou com uma garrafinha de coca aqui do lado. Remédio dos boms. Sendo que é veneno, corroi todas as entranhas. Fico limpinha, limpinha, lá dentro. E preciso ficar bem. Perder mais um curso de capoeira vai dar vergonha!
Estou tentando fazer um novo template. Tudo que quero fazer só funciona no Internet Explorer 6.0. Me poupe, né? Sera que voces todos poderia mudar de browser, e usarem somente esse? Porque se não, o meu template novo vai ficar uma merda!
Machismo em casa
Ontem fui encontrar um amigo num bar. Chegando lá, veio um monte de gente, amigos dele, que moram lá perto. Muitas risadas, conversas e Gin Tonica. Depois fomos parar na casa deles, alí pertinho da Bastilha. Um casal, muito recém casado. Moram num micro apartamento. Ela, linda, super simpática. Ele, egraçadíssimo. A comida, muito boa. A companhia, melhor ainda.
O que me deixou pasma, foi a situaçăo. Ele está desempregado, ela trabalha um montăo. Um dia na vida deles é o seguinte. Ela acorda, cedinho, e ele continua dormindo. Ela se prepara pra ir trabalhar, e deixa um suco de laranja fresquinho perto da cama, com um café. Assim, quando ele acordar, năo precisa nem se mexer. Vai embora trabalhar. Ele fica em casa, bundando. Faz algumas tentativas de procura de trabalho, mas sendo a França do jeito que é, ficar meses desempregado năo é um problema. Nas palavras dele "estou procurando algo que năo quero encontrar". Até aí, tudo bem. Mas depois, ela volta do trabalho. Vai comprar a comida, prepará-la, servir o jantar. Depois lava a louça, arruma a casa, e passa a roupa dele. Quando ela se deita, cansada, ele ainda está bem. Entăo ele assiste televisăo, enquanto ela dorme. Ele tem consideraçăo, sabe? Usa fones de ouvido! E assim vai.
Ou seja, ela que trabalha, ela que sustenta o casal, ela que cuida da casa, ela que faz tudo! Ele năo levantou a bunda da cadeira nem uma vez, enquanto estávamos la. Meu amigo ainda perguntou pra ele se ela cozinha bem assim todos os dias, ou se foi algo excepcional. "Năo, é assim todos os dias, claro".
Ah, mas me poupe! Năo que seja um que devia trabalhar, e outro ficar em casa. Năo que seja a responsabilidade do homen ou da mulher. Mas tem alguma coisa muito desigual nessa história, năo tem, năo? Ela deve ficar exausta no final do dia, e ele nem se mexeu. Porque năo dividem as coisas de uma outra maneira? Năo que seja uma questăo de machismo, ou feminismo. É uma questăo de lógica.
domingo, novembro 02, 2003
"trying to find meaning
in today, and tomorrow, and everyday
because today is whatever i want it to mean
but i can't see it
i see only the banality"
sábado, novembro 01, 2003
E sabe da maior? Estou nos mugshots do DIK!!!!
Fui passear. O tempo está bonito, e nem muito glacial. A gente queria entrar na exposiçăo do Botticcelli, mas tinha uma fila que dava a volta pela metade do jardin do Luxemburgo! Entăo passeamos por lá. Tirei uma fotinhos banais, mas é bom pra lembrar como é linda essa cidade, que eu tenho tanta vontade de largar...
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