Google
Google Pipoca Doce


Nome e blog:

Comentário:

E-mail:



quarta-feira, abril 28, 2004


Ontém teve exposiçăo de fotos de final de curso da minha irmă.. Foi foda, muito foda. Năo porque sou irmă coruja, mas porque foi muito bom, mesmo. Ela resolveu fazer seu último ano de faculdade sobre o tema de trans-sexuais. Trabalhou como uma maluca, pra conseguir fazer o melhor possível, dar tudo dela mesmo, e produzir algo de diferente.
A exposiçăo lotou. Năo tinha nem mesmo como ver as fotos, de tanta gente. Ela vendeu várias obras, o que a gente realmente năo esperava.
Coversei com uma das modelos da exposiçăo. Elas vieram todas, e ficaram felicíssimas em se ver, em grande, nas paredes de uma galeria. A moça, uma brasileira, linda, loira, simpática, me perguntou porque. Porque ela foi escolher esse tema? De onde tirou essa ideia? Eu, maravilhada em estar conversando com uma moça assim, fiquei meio sem o que dizer. Năo sei, năo entendo muito bem de onde ela tirou essa ideia.
Depois fiquei pensando. Como explicar ŕ moça que gente como ela săo fascinantes? Maravilhosas, interessantíssimas, diferentes? Que eu respeito com todo o meu coraçăo? Que eu admiro mais do que qualquer outra coisa?
Quantas pessoas vocę conhece que săo obesas, feias, sem graça? Quantas pessoas năo gostam do jeito que elas săo? Quantas pessoas se olham no espelho e se perguntam porque elas săo da maneira que săo? O que eu vejo de mim do lado de fora năo me parece uma boa imagem do que eu sou por dentro. Sou muito mais do que isso que me olha, toda manha, enquanto escovo os dentes.
Mas eu năo sou capaz de me transformar no que eu acredito que sou. Assim como a maioria dos obesos năo săo capazes de perder todo o peso deles, de fazer um regime e exercícios até ficarem contentes com seus próprios corpos.
E eles, os trans-sexuais? Morávam num corpo que năo os satisfazia. Eles sabiam que năo eram aquilo que vestiam, de verdade. A diferença é que eles assumiram o que eram, e mudaram o que estava errado. Mudaram porque năo conseguiam viver num corpo diferente do que eram por dentro. E isso custa caro. Cirurgias, hormônios, lazer. Mas eles pagaram o preço porque realmente acreditavam naquilo. E agora săo felizes, realizados, e com a certeza de morarem no lugar certo.
Acho que foi por isso que minha irmă resolveu fotografá-los.




Bruna 4:41 PM

segunda-feira, abril 26, 2004


Sufoco. Estamos preparando a exposiçăo da Babs de amanha. Vai ser sóóórdida. Com todos os trans-sexuais chegados presentes.




Bruna 10:08 PM


E mais uma vez o verăo chegou. E mais uma vez, nós, habitantes dessa cidade maravilhosa, acreditamos. O sol (re)apareceu, as pessoas lotam os parques da cidade, e brigam por espaços nas mesinhas de cafés e retaurantes. Desligamos o aquecimento, guardamos os casacos, cobertores, e tiramos o pó das sandálias. E o que acontece? O sol e "calor" duram alguns dias, e logo depois começa a chover, e fazer frio, tudo de novo. Acho que dessa vez, năo vai ser diferente... Hum...




Bruna 2:10 PM

sábado, abril 24, 2004


Moro num antro de doidos. A mocinha alí do lado bebe mate (chimarrăo) o dia todo, litros e litros, dentro de um testículo de boi. É mermăo. Eu digo, nunca tente compreender os argentinos.
Ontém dormiram năo mais, năo menos que 7 pessoas nesse modesto apę. Temos dois quartos e um cubículo, e éramos 7. O cumpade que dormiu na sala (do lado do meu quarto) conversou sozinho a noite toda, e compôs músicas. Dou o maior apoio ŕ arte, qualquer arte, mas năo ŕs 4 horas da matina.
Amanha (de madrugada) a mama chega. Mais um doido pra nossa coleçăo!




Bruna 8:08 PM

sexta-feira, abril 23, 2004


Ai, ai, ai. Minha măe está chegando esse Domingo. Adoro minha măe. Ela é engraçada, e maluca, e me faz cafuné. E ela me apoia em tudo o que eu quiser fazer (ou quase tudo). Mas ela me estressa, e me cansa. E ainda nem chegou. Vai ficar em casa, comigo e as chicas. Fora ela, tem outra moçoila de visita. A casa está cheia, e só tem mulé.
Ela chega domingo. Terça feira tem a exposiçăo da minha sistah. Quinta feira pegamos o trem, e partimos ŕ Italia!
Fui pra Italia quando eu era criança. Só me lembro da torre de Piza, que estava caíndo, e que em Roma roubaram o casaco da Vovó. Tomara que seja lindo por lá. E tomara que eu aguente a mamăe...




Bruna 12:58 PM

quinta-feira, abril 22, 2004


Vocęs conhecem os cadernos Moleskine? Săo maravilhosos. Antigos, da época em que Paris era cheia de gęnios e artistas. Foram usados por André Breton e outros mais. Eles tęm uma capa de couro, com um elástico, e um envelope atrás, onde podemos guardar fotos, e outros papeizinhos, tesouros. Eu tenho um grande, com folhas grossas, sem linhas, onde escrevo milhőes de besteiras. Se alguém tiver acesso ŕ esse livro, posso me exilar na Austrália, que será o único lugar seguro que me resta. Tenho outro, menor, que é um "travel book". Ele tem todas as folhas ligadas, como uma sanfona. Săo um sonho, meus cadernos Moleskine.




Bruna 2:33 PM


".. the creative process is like a plant. That's the best thing about creativity. You can't say, OK, by Tuesday, I want this twig to have grown three centimeters northwest. It won't do that; it will just go wherever it wants to.
The only thing you can do is make it feel good, and make sure you give it the nourishment it wants..."


Bjork




Bruna 11:08 AM

quarta-feira, abril 21, 2004


Ando meio frustrada com as pessoas desse planeta. Năo sei se isso vem de preocupaçőes e questőes metafísicas internas, ou se esses habitantes da terra săo realmente extremamente sem consideraçăo e grossos. Talvéz seja uma época de sensibilidade aguda (agudíssima), mas minha gente, porque năo pensam antes de agir ou falar? Porque năo enxergam que as vezes vocęs erram? Porque prometem o impossível, que obviamente, năo cumprem?




Bruna 4:31 PM


A namorada do Inagaki escreve muuuuuuuuuuuuuuuuito bem. Porque será que ele, autor de um dos blogs mais lidos na blogsfera, é tăo conhecido, e năo ela? Recomendo os dois, adorei. Principalmente esse texto...




Bruna 4:26 PM

segunda-feira, abril 19, 2004


Meu amor.
A vida é assim.
Nem sempre do jeito que vocę queria.
As pessoas văo discordar com vocę.
E ŕs vezes, a sua opiniăo năo importa.
As pessoas dirăo, pra tua cara, sabendo que vocę năo vai gostar.
Um dia, tua mulher vai cansar de ser traída.
Um dia, tuas amantes văo cansar de esperar.
Teus filhos crescerăo, e um dia văo entender o que vocę faz.
E bater o telefone na cara dessas verdades,
Năo vai fazer com que elas desapareçam.
Cortar amizades com as pessoas que năo concordam,
Năo vai mudar o teu mundo.
Tua vida é um cáos, assim como todas as vidas.
Năo é mais bela, menos medíocre que as outras.
Năo possui mais arte do que as outras.
Tuas promessas năo cumpridas năo serăo mais respeitadas.
O mundo é podre, chato e doentil.
Vocę năo vai conseguir viver fora dessa realidade.
Cortar a comunicaçăo vai fazer com que eu va embora,
Como todos os outros,
Pra sempre.




Bruna 1:38 PM


Foi publicado, năo sei quando (2002?), um livro de uma francesinha chamada Lolita Pille, o Hell. Năo fiquei sabendo. Agora que saiu a traduçăo no Brasil, fiquei sabendo imediatamente. Só se fala nisso pelo mundo internético. Como sou muito trash, fui logo comprá-lo. Como sou chique, comprei em versăo original. Foi só pra ser chique mesmo, porque prefiro mil vezes ler em Portuguęs.
E o livro? Devorei. Literalmente. Achava que seria uma historinha sobre uma menininha rica, que mora aqui do lado, mas que pertence ŕ um mundo paralelo. Outro universo do meu. Queria entender esse mundinho bizarro. Mas estava errada. Esse livro năo é nada sobre isso. Conta de sofirmento de uma mulher, que vę além desse seu mundo tăo particular. Ela olha pras pessoas em volta, e vę uma sociedade doente, onde as pessoas penduram suas questőes metafísicas nos ombros, em forma de uma bolsa Gucci. Onde a diferença entre vocę e eu está limitada aos objetos que nos pertencem. Poder = Propriedade. E tua felicidade depende do olhar invejoso dos outros. Porque os objetos que te pertencem tęm que ser vistos. Ela tem um entendimento, e uma sabedoria, que vai muito além de seus amiguinhos que andam em Porshes, e cheiram cocaína.
Fiquei impressionada. Adorei. Ela vę a vida como ela é, imbecil, inútil, sem senso. O texto dela está rondando a minha cabeça desde que abri o livro.




Bruna 11:04 AM

domingo, abril 18, 2004


Deu até vontade de lavar louça! Acho que as chicas văo brigar pela louça suja da casa!!!




Bruna 1:10 AM


O que que vocę, querido leitor, imagina como atividade típica de um sábado, meia noite, para uma moça como eu, 28 anos, solteira, em Paris, cidade das luzes? Aposto que errou. Passei minha noite ŕ installar uma nova torneira na minha cozinha! Só eu mesmo. Agachada, em baixo da pia, com a água desligada, óleo nas măos, e baldes espalhados pelo chăo. Mas o resultado está bonito, muito bonito. Fazem dois anos e meio que moro nesse apę com a torneira podre, solta. Agora tem uma de luxo, com a água quente e fria que se misturam, coisa fina. A gente tem que aprender ŕ fazer essas coisas. Europa năo tem luxos de măo de obra barata. A măo de obra se faz em casa!




Bruna 1:05 AM

sexta-feira, abril 16, 2004


E os sites? Hoje fui almoçar com um moço com quem vou começar um novo. Ele me convidou a almoçar mais ou menos perto do trabalho. Conversamos, conversamos. Como sempre, os artistas năo sabem muito bem o que querem. Ele pertence ao século passado. Tem cara de moço do século passado, e tem jeito de antigo. Mas simpático, sim. Estou louca pra ver suas fotos...
Fora isso, consegui, com a ajuda da mocinha, terminar o site da Sofia em tempo recorde. Fizemos tudo em praticamente dois dias de trabalho. E foi pro ar. Talk about team work!




Bruna 8:25 PM


Voltei pra acupuntura. Fazia tempo. Mas ontém deu uma dor de cabeça siniiiiiiiiiiiiistra, e vou recomeçar a fazer um tratamento. A moça conversou comigo 5 minutos, me colocou na caminha, enfiou agulhas nas măos, pés, no rosto e na nuca, e me deixou durante 20 minutos. Depois tirou tudo, e pronto. Acabou a história. Ah, que saudades do moço simpático que me acupunturou no Brasil. Demorou uma hora e meia, a consulta. Ele ia conversando, falando, perguntando. E sabia quase tudo de mim. Quase. Depois fui ver o professor dele, que fez Shiatsu. Aí sim. O homen sabia tudo, TUDO. O que eu comia, o que eu năo comia, o que eu devia comer. Tudo sobre minha măe, meus amores, minhas vontades, e desejos. Ele sabia tudo. Homen incrível...




Bruna 8:18 PM

quarta-feira, abril 14, 2004


Estou fazendo regime. Pela primeira vez na vida. Quer dizer, já fiz regime antes, mas era pra engordar. Quando era pequena, eu parecia uma criança desnutrida, de tăo magrela. Naquela época, nos anos 80, o bonito era ter curvas, e formas. Entăo eu sofria, com minhas pernas finas e cotovelos ossudos. Tentava de tudo pra engordar. Hoje em dia, quando o ideal é ter cara de anoréxica drogada, já năo sou mais tăo magrela. Sou normal. Tenho uma barriguinha que podia ser mais lisa. Năo sou chegada em corpos sarados ou mulheres ossudas. Gosto de gente normal, cada um com seu corpo, todos diferentes.
Mas tem uma mocinha que está fazendo moda. Ela precisa de alguém pra vestir suas ropitas, que ela vai apresentar ao juri. Tipo prova de final de curso, mas nesse caso, em vez de prova, ela tem que apresentar roupas prontas. Mulheres vestindo suas roupas. Ela estava procurando uma moça alta, meio megra, e com peitos năo muito grandes. Pensou em mim. Achei engraçado. Vou virar manequin viva!
O único problema é que tem umas blusinhas com barriguinha de fora. Năo quero fazer a pobrezita passar vergonha. Entăo estou de regime! Nunca imaginei que seria assim, duro de aguentar. Estou evitando chocolate (bem na páscoa), sorvete, et outras comidinhas que fazem parte da minha alimentaçăo comum. Complicado, muito complicado!




Bruna 11:41 AM


Um dia desses estava eu fazendo hora pra ir algum lugar (năo me lembro muito bem), e fui parar na Colette. Colette é uma dessas lojas super chiques e caras na Rue St. Honoré. Tem trecos e breguetes design no térreo, e roupas e livros no andar de cima. No sub-solo tem um bar de água. É isso aí. Água. Um monte de tipos diferentes de água mineral. Carríssimas, claro.
Mas năo vim aqui falar da água. O que eu gostei mesmo foi de um dos livros que encontrei por lá. Eu fui parar direto nos livros, como sempre. O livro era de um babaca que fotografou todas as mulheres com quem ele passou a noite. Ele transava com elas, e fotografava. Daí juntou tudo num livro, onde ele colocava a foto, com um texto explicativo ao lado. Em alguns casos, ele quase se desculpava, dizendo que estava bębado, e acordou do lado dela, sem se lembrar de nada. Que em situaçőes "normais" ele nunca teria ficado com uma mulher assim. Outras ele contava a história, com um pouco mais de respeito. Mas me inspirei. Fui pra casa, escrever (sem fotos) sobre as pessoas que beijei, que amei. Algumas delas, sem mesmo ter passado a noite. Vou ter que resgatar esse texto, e acertar um pouco o inglęs (na época, só escrevia em inglęs). Vi a Paralelos desse męs, que me fez lembrar...




Bruna 11:17 AM

terça-feira, abril 13, 2004


Preconceitos inocentes.

Toda vez (TODA) que eu digo que sou brasileira por aqui, a primeira reaçăo é:
- Mas vocę năo tem cara de brasileira!
Isso me irrita profundamente. Todo brasileiro tem que ter a cara do Pelé? Sou branca, cabelo claro, mas sou muitíssimamente brasileira. Quando alguém me vem com essa história de "cara de brasileira" conto uma mini história do Brasil. Tipo: era uma vez, uma terra cheia de bichos, plantas, e índios. Depois chegaram os portugueses, e espanhois, alemăes, japoneses, escravos africanos, syrio-libaneses, holandeses, franceses, etc. Que hoje săo, todos, brasileiros. E pergunto que "cara" os brasileiros deviam ter. Vocę sabe? Eu năo.
Mas ontém, na aula de capoeira, o menino fofo que jogou comigo várias vezes estava lá. Loirinho, loirinho, olhos azuis, todo branquinho. Simpático, sorridente, fofo, mas principalmente, muito claro! E com um sotaque indefinível.
Na hora da roda, todo mundo cantando errado, olhei bem pra ele. E năo é que o moço cantava direitinho? Fiquei com a pulga atrás da orelha. Será que ele era muito dedicado, estudou as músicas? Será que tinha uma namorada brazuca, que ensinou pra ele?
No final da aula, fui lá.
- Tu viens d'oů?
- Ah! Je suis brésilien.
- O quę???!?!! Branquinho, lourinho desse jeito??!?!!!
Rimos. Ele achava que eu era francesa.
Conversamos. O mocinho, carioca, está fazendo uma especializaçăo aqui. É médico! Mora na França a quatro anos. Imagine só!
Eu nunca ia adivinhar que ele fosse brasileiro. Porque năo tem a tal "cara de brasileiro". De agora em diante, qualquer um que eu ver na rua, pra mim, vai ter pinta de brazuca!




Bruna 1:57 PM

quarta-feira, abril 07, 2004


Tem dias em que a gente fica chorona. Assim, de boba. Sem ter TPM, sem ser lua cheia, sem ter razăo. A gente chora por causa de propaganda de margarina na televisăo. Ou chora porque o moço na entrada daquele prédio foi meio grosso. Ou porque dormimos mal, e estamos com sono. A gente chora por mil razőes que năo deviam acarretar lágrimas.
Nesses dias, meninos, nesses dias de choro, façam o favor de perceber. E façam o favor de năo negar compania, carinho ou presença. Isso tudo năo é pedir demais, afinal de contas. Façam o favor.




Bruna 1:11 PM


Dois novos vícios:

Fulana e Beltrana
Maria




Bruna 10:24 AM

terça-feira, abril 06, 2004


Tá bom, tudo bem. Estou meio revoltada hoje. Mas vou me acalmar. Vou alí almoçar. Uma comidinha boa, e tudo vai melhorar...




Bruna 12:07 PM


Será que meu corpo é diferente de outros corpos? Năo entendo.
Se eu fiizer 8 horas de capoeira por semana, ou se eu passar estas mesmas horas assistindo televisăo, nada muda.
Se eu comer como um porco, ou sobreviver com saladinhas, nada muda.
Fazendo algongamento, ou năo...
Fazendo RPG, ou năo...
Comendo chocolate, ou năo...
Nada muda.
Năo entendo.
Pra que, entăo, todo esse esforço?




Bruna 11:42 AM


Ou isto ou aquilo - Năo.
Fica bonitinho quando se trata de Cecília Meireles.
Na vida real, é uma chatice.
Vocę disse que passaria em casa. Fiquei de pijama, quentinha, te esperando de banho tomado. Mas vocę quis sair.
Vocę disse pra mim passar na tua casa depois da aula. Levei calcinha limpa, pro trabalho amanha. Mas vocę estava cansado.
Vocę disse que faríamos um passeio domingo de tarde. Mas vocę qui visitar os amigos.
Já deu, cansou.
Resolva tua vida, depois vocę me avisa.
Vou viver a minha.




Bruna 10:50 AM

segunda-feira, abril 05, 2004


Năo vou fazer criticazinha de filme, típico texto de blog. Só vou dizer que assisti ontém, e foi lindo. Dirty Pretty Things. Os personagens săo lindos, a fotografia é linda, a história é linda. Chorei que nem uma condenada.





Bruna 5:30 PM


Mais que a metade das menininhas bonitinhas parisiences tęm tendęncias ŕ virar "commediennes". Uma commedienne é uma atriz, nada ŕ ver com comédia. Mas elas querem todas fazer teatro/cinema. Vocę pode ter certeza que entrando em qualquer restaurante ou bar branché (na moda) da cidade, as bonitinhas que servirăo tua mesa serăo wanna-be commediennes. Cansativo, isso. Năo existe lá muita criatividade.
Esse final de semana, fui ver uma peça de teatro. Isso năo me acontece muito frequentemente, infelizmente. Mas daí entendi o porquę.
Fui ver "The Master and Marguerite", de Michail Bulgakow. Li o comecinho do livro, ainda tenho que terminá-lo. É uma história meio complicada, o melhor é realmente ler o livro todo antes de inventar de assistir a peça. A peça foi preparada com muita boa vontade, mas pouco talento, e pouquissimo dinheiro. Me lembrava as peças que fazíamos na época do colegial.
E na saída, aquela chatice. Os "commediens" eram, vários deles, amiguinhos do Monsieur. Entăo fomos obrigados ŕ esperar todos saírem do camarim. E saída de camarim, em qualquer país, em qualquer espetáculo, é sempre igual. As stars saem, e todos tęm a obrigaçăo de dizer como foi tudo maravilhoso. Eu testei. Fiquei quietinha, muda, diante dos comentários de todos. Năo deu outra:
- E aí, gostou?
- Gostei, foi legal.
- Mas o que vocę achou?
- Achei legal, muito bom. (sem muito entusiasmo).
- Serio?
- Serio.
- Mas vocę gostou de qual sena?
- Ah, todas elas.
- E de qual ator? Eu fui melhor que o Yvan, năo fui?
- Gostei de todos.
- Mas vocę acha que... bla, bla, bla....
E depois ainda me pegou pelo braço, e arrastou pro canto da sala onde tinham colocado as "críticas". Crítica é uma palavra incorreta, porque todos os artigos (2) eram, obviamente, positivos. Daí restava argumentar, entre a commedienne do papel do gato, e o atorzinho do papel do Yvan, se "irresistível" (o gato) é melhor que "fortíssimo" (Yvan).
Ah, me poupe!




Bruna 11:17 AM

sexta-feira, abril 02, 2004


Sono. Os olhos doloridos, resultado de quem os obriga ŕ abrir antes da hora. No trabalho, nem sei mais o que fazer. Tem uma pilha aqui do meu lado, e outra na mesa do lado. Minhas pilhas de papeis. Mas já sei que năo vou cuidar delas hoje. Vou ficar com cara fechada, olhando pro computador, pensando em outras coisas, outra possibilidades, outras vidas. Vamos embora, todos nós. Meu colega anunciou ontém que vai pedir demissăo. Acho que os outros também.
Quero mudar de vida. Faz tempo que quero. Estou ŕ procura de possibilidades. E ŕ espera de proposiçőes, de saídas. Novas pessoas, novos trabalhos, novas cidades.
Eu vou.




Bruna 1:53 PM


Luana acertou em cheio. O texto abaixo é de Martha Medeiros. Valeu!




Bruna 9:51 AM

quinta-feira, abril 01, 2004


Acho brega, muito brega, versinhos que dăo a volta pela internet, e que săo mandados por e-mail pra todos os contatos na sua lista. Brega, e uma falta de criatividade própria. Mas esse achei muito bom. Năo sei de quem é. Năo pedi permissăo.

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Năo contaram pra nós que amor năo é acionado nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Năo contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através de nós mesmos.
Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.
Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um", duas pessoas pensando igual, agindo igual, que isso era que funcionava. Năo nos contaram que isso tem nome: anulaçăo. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relaçăo saudável.
Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.
Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros săo mais amados, que os que transam pouco săo caretas, que os que transam muito năo săo confiáveis e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só năo disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.
Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estăo condenados ŕ marginalidade. Năo nos contaram que estas fórmulas dăo errado, frustram as pessoas, săo alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.
Ah, também năo contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente.
Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando vocę estiver muito apaixonado por vocę mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."




Bruna 1:35 PM




Mais um livro. Esse eu desenterrei da estante das chicas em casa. The Autobiography of Alice B. Toklas, da Gertrude Stein. Tudo bem que năo é "auto" nada, sendo que foi escrito pela Gertrude. Alice foi a "esposa" de Gertrude. O livro conta da vida delas em Paris, no início do século (năo esse, o passado). Elas eram amiguinhas de pessoas simpáticas, como Picasso e Matisse, entre outros. Esse é o primeiro livro da Gertrude Stein que leio. Năo sei se os outros săo parecidos, sendo que esse foi escrito da maneira que Alice falava. Estou no começo, mas por enquanto, é muito bom.




Bruna 11:34 AM


As grandes decisőes
Aquelas importantes (mudanças de casa, país, emprego, escola) săo as mais complicadas, as que mais amedrontam. Mas toda vez que eu tive que tomar uma dessas decisőes, as opçőes foram desaparecendo, pouquinho ŕ pouquinho, até sobrar uma única, que fez o papel do meu "destino". Formei uma teoria, que diz que na verdade, a gente nunca decide nada. A vida que decide por nós.
Achei que dessa vez seria diferente, que eu que escolheria. Mas agora, parece que năo. A teoria entrou em funcionamento mais uma vez. Tenho que esperar, ver se realmente vai dar certo, tudo isso. E até lá, vou ficar caladinha. Mas parece que sim. Acho que sim.




Bruna 10:15 AM



///This page is powered by Blogger. Isn't yours?///