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domingo, janeiro 30, 2005


Minha irmã voltou de suas férias no Brasil. Anda meio ausente, porque tinha outra moça morando no seu quarto, mas também porque prefere a compania do namorado...

Trouxe um CD, com suas fotos de viágem. Não aquelas fotos de férias, mas fotos de uma fotografa. Fotos onde posso sentir o arrepio da chuva na pele, o cheiro do mar, a voz das pessoas. E o coração apertou, com saudades, saudades, saudades. O que faço nesse continente, tão longe do Brasil? Longe do mato, da neblina nas montanhas, da chuva que não termina mais? Longe da poluição de São Paulo, da areia salgada, da fritura, do calor das pessoas? Angústia de saber que não pertenço aqui, e que não tenho a força de partir, e voltar ao meu país agora, imediatamente.




Bruna 6:20 PM

segunda-feira, janeiro 24, 2005


Pois é. Faz tempo, eu sei. E também faz tempo que não visito os amiguinhos, e etc. e tal. A inspiração e a vontade andam meio secas.
Resolvi que não quero usar esse espaço como desabafo sobre o trabalho, e no momento o trabalho está tomando a maior parte da minha energia. A verdade é que o povo anda totalmente desmoralizado, o novo chefe é um babaca de primeira, e logo, logo, ou ele vai embora, ou vai o resto do que sobrou dos meus colegas.
Na França é praticamente impossível mandar uma pessoa embora de uma firma. Ao contrário de todos os outros países civilizados, onde o patrão escolhe quem e quando os empregados ficarão empregados, na França existem leis que protegem esses mesmos. E se isso tudo não bastasse, existem grupos de empregados que se organizam para defender os (já bem defendidos) funcionários. (Vide a quantidade absurda de greves desse país). O chefe desse grupo aí já veio conversar conosco, já falou em advogados, testemunhas, e outra palavras que não constam no meu vocabulário em tempos normais. Ou seja, o bicho vai pegar.
Trabalhar em condições assim é muito ruim, mas ao mesmo tempo, não estou muito preocupada com o meu emprego. Não queria ficar por aqui por muito tempo, e posso arranjar uma nova vida muito facilmente. O problema já é bem mais sério quando se fala em colegas mais antigos, que com a idade mais avançada, não teriam possibilidades de arranjar outro emprego sem um pequeno milágre.
Tenho sorte, muita sorte, de ser jóvem, de ter outras possibilidades e interesses, mas principalmente de conseguir separar o trabalho da vida. Mas que isso tudo cansa... cansa, sim!




Bruna 10:33 AM

quarta-feira, janeiro 19, 2005


Hoje de manhã, como sempre, estava esperando o metro, que estava cheio, como sempre. Deixei passar um trem, fui sentar no banquinho, levantei do banquinho (o banquinho tinha cheiro de xixi velho), deixei passar outro trem. Tenho uma regra na vida, que é que a minha presença no trabalho não é suficientement importante pra mim me esmagar no metro só pra chegar na hora. Quando chegou outro trêm, o motorista saiu da sua cabine, me fez um enorme sorriso, e um "Bonjour!". Depois perguntou porquê eu não queria subir. Expliquei, e ele me convidou à entrar na cabine com ele. Vim até o trabalho do lado do motorista. Ele me contou sobre o trabalho, que é meio estressante porque tem muita gente que fica passeando nos trilhos, e ele sempre tem que ficar de olho aberto. Mas em geral ele estava contente com o trabalho, disse que ganha bem, e tem horários bons. A vista dos trilhos pela frente é muito mais interessante do que o que os passageiros veem. E a ausência de gente irritada que empurra e tem mau hálito é maravilhosa! Vou ver se encontro meu motorista simpático mais vezes...




Bruna 10:54 AM

sexta-feira, janeiro 07, 2005


Sobre os comments:

Squawkbox, o sistema porcaria que usava antes, fez terrorismo, e comeu meus comments de um dia pro outro, sem maiores explicações. Agora eles pedem grana pra me devolver tudo. Fiquei puta, pensei e me torturei longamente, e resolvi que, por princípio, não vou pagar isso tudo não. Doi o coração, sofro por perder um monte de coisinhas lindas que vocês me diseram, mas tudo isso se perdeu. Agora tenho comments novinhas do Haloscan, que são ótimos, e fofos, e não pedem nada em troca. Viva Haloscan!

Sobre a vida:

Tirei 10 dias de folga, fui pra Holanda, trabalhei como um cavalo e terminei o Photos Graphies, e depois estava na hora de voltar ao trabalho. Exatamente um dia antes comecei à pensar, e fiquei doente. Assim, por acaso. Deu uma dor de barriga alucinante, e fiquei na cama 24 horas, sem quase comer nada. Depois vieram 3 dias de dores de cabeça, e agora estou de volta ao mundo dos vivos e saudáveis. E trabalhando. E vou trabalhar esse final de semana todo. Ou seja, voltei com tudo!

Em casa, estamos com um monte de gente morando em baixo do meu teto. Minha irmã foi pro Brasil de férias, e alugou seu quarto à uma mocinha paulista muito fofa. O mexicano que morava no quartinho se foi pra viver outras aventuras em lugares mais baratos que Paris, e entrou uma Chilena estudiosa em seu lugar. Meu monsieur, que mora na sua casinha em Montmartre, esta sem teto alguns dias, porque a dona da casa dele está em Paris, entã ele também mora conosco. Ou seja, uma zona de gente, línguas e culturas, horários e comidas.

E a aventura continua?




Bruna 2:43 PM

quarta-feira, janeiro 05, 2005


Monsieur e eu estávamos discutindo esses dias se eu devia ou não comprar uma bota, e se fosse o caso, se eu devia ou não comprar uma bota ridiculamente cara (de marca) que eu gostei, ou procurar algo mais barato e realista, mais em conta com o meu salário. Ele, claro, queria que eu comprasse a bota cara, de marca, porque ele ganha muito mais do que eu, e adora gastar fortunas com idiotices como botas de marca. Eu, que tenho ansiedade aguda quando tenho que gastar dinheiro, achei que devia procurar uma bota de pobre, que, convenhamos, muitas vezes são muito bonitinhas. Discutimos muito, e nunca conseguimos chegar à uma conclusão.

Agora mesmo, peguei meu cartão de crédito, e doei o equivalente do preço da bota cara ao Care, para judarem com as vítimas do tsunami. Monsieur não vai gostar, porque não é chegado nessas coisas, e porque acredita que essas ongs são todas corruptas, e que se não são, os governos dos países são. Já sei muito bem que vamos brigar sobre isso, mas a decisão é minha, e já foi feita.

Não vou postar uma longa lista de ongs para onde vocês podem fazer doações, porque sei que vocês sabem onde encontrá-las. Mas pensem bem, o que vale mais, uma bota (de marca ou de pobre) ou mandar uma grana para as pessoas do nosso planeta que tiveram uma das experiências mais horrendas do último século?




Bruna 2:14 PM



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