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quarta-feira, dezembro 31, 2003


Deliciosa decadęncia... Passei quatro horas assistindo Friends ontém. Vida boa. Descobri uma maquininha aqui do lado de casa, onde vocę coloca o cartăo de credito, e vocę pode tirar um DVD. E eles tem Friends. E outras cositas mas...




Bruna 12:10 PM

terça-feira, dezembro 30, 2003


Fui almoçar em um lugar chique. (Pra combinar com o telefone). Adorei. Le Fumoir. Um restaurante antigo, tradicional. Mas muito legal. Tem as paredes cheias de livros, que os clientes podem ler, ŕ vontade. Tem gente que vai lá, pede um café, e passa a tarde. A comida é muito boa, a decoraçăo bonita, e as garçonetes lindíssimas! Ele fica na frente do Louvre. E hoje tinha um solzinho gostoso, que ficou batendo nas minhas costas. Conversa gostosa. É bom, essa coisa de férias surpresa...




Bruna 6:09 PM

segunda-feira, dezembro 29, 2003


Sou muito chique. Tenho um celular novo. Muito chique. Daqueles que tira fotos, e que toca com musiquinha bonitinha. Foi sem querer. Eu gostava muito do meu velho e pesado Nokia tijolinho. Mas eles fizeram uma promoçăo. O novo veio praticamente de graça. Meus amiguinhos que gostam de gadgets ficaram todos com inveja. E eu, que nem queria o bicho. Năo entendo lá muita coisa, e nem tenho vontade de saber. Acho que ele deve ter milhőes de super funçőes interessantíssimas, que eu nunca vou conhecer ou entender. Sério memso. Que tédio, esses brinquedinhos tecnológicos de adultos nerds. Mas agora eu tenho ele, e sou muito chique. Vai servir principalmente pra colocar na mesa do bar, e fazer tipinho. Muito chique!




Bruna 6:54 PM

sábado, dezembro 27, 2003


Acabou o natal. Agora sobraram os enfeites esquecidos, os pedaços de embrulho que as pessoas năo viram na hora de jogar tudo fora, e os intermináveis sanduiches de resto de peru.
Tento, todo ano, ser rebelde. Tento fingir que o Natal năo existe, e passar o dia como se fosse um outro qualquer. Mas nunca dá certo.
Entăo fui num jantar na família do menino. A măe dele resoveu dar colo aos estrangeiros sós. Ela tem 5 filhos, acho que está acostumada com essas coisas. Foram 3 dos filhos, com os respectivos convidados, e outro casal de pseudo-brasileiros longe da família. Eu năo queria ir. Tem aquele stressinho de ter que ser simpática a bonitinha com gente que eu năo conheço. E tem aquelas coisas de francęs, que ainda năo entendo muito bem. Tem que levar alguma coisa. Mas o quę? Cada ocasiăo tem uma regrinha específica: chocolates, vinho, flores, champagne. Escolhi o chocolate. Perguntei antes, o que devo trazer? Resposta clássica: "Vocę mesma, meu amor." Aaaaaaaaaah, que merda. Entăo fui eu mesma, com chocolates. E năo é que o povo todo, que nunca me viram na frente, resolveram me presentear? Ganhei um monte de livros, que năo tęm nada a ver comigo. Ligeiramente interessantes, mas nada que eu teria comprado. Porra, se queriam me dar livros, era só perguntar. Tenho uma lista kilométrica de livros, que eu compraria se pudesse. Mas quem disse que alguém tem espírito prático no natal? Entăo foram os livros que eles queriam. Mas tudo bem. Também ganhei incenso, trufas, etc.
E tenho que admitir, foi legal sim. A comida estava muito boa, e o papo também. Gente simpática.
A măe é uma senhora chique, capaz de cuidar dos 5 fillhos, do marido, da casa, da comida, e do batom, sem piscar um olho. Quando tem gente que vem jantar em casa, ou na casa dos meus pais, sempre tem alguém no banho quando os convidados chegam. E sempre tem alguma coisinha que queima. E alguém que resolve sair passear quando a gente mais precisa da ajuda deles (meu pai), e sempre tem uma parte da casa que năo deu tempo de arrumar.
Eles năo. Tudo, tudinho, pré-preparado. Elegantemente. Limpinhos. Penteados e com o batom do tom certo. Como será que esse povo faz? O que eles tęm que eu năo tenho?
Mas foi bom. Gostei. Ficou aquele sentimento de menina mal-agradecida, que ganha coisinhas de todo mundo e só leva chocolates. Mas tudo bem. Foi bom. Gostei.




Bruna 4:16 PM

terça-feira, dezembro 23, 2003


Entrei na roda ontém na aula. Uuuuuuuuuuuuhhhuuuuuuuuuu!
Bem, năo foi exatamente assim. Foi descuido da minha parte. Estávamos fazendo um exercício onde uma pessoa segura a outra, de cabeça pra baixo, em cima do ombro. Até parece que eu seria capaz de uma coisa dessas. Mas tinha um pobre infeliz tentando me convencer de subir no ombro dele. Subi gritando, desci urlando. Acho que ele se arrependeu amargamente de ter começado com a brincadeira. Mas na hora de formar a roda, lá estava eu, tentando explicar minha fobias pra ele. Fui parar do lado do berimbau. E na hora dos jogos, alguém me empurrou pra dentro da roda. Seria muito feio inventar que estava com uma bolha no pé, ou com unha encravada, ou alguma das outras desculpas usuais. Entăo entrei. Passei o resto do curso (uma hora) me recuperando psicologicamente...




Bruna 10:38 AM

segunda-feira, dezembro 22, 2003


No comments por hoje. Năo tenho nada de inteligente, interessante ou idiota a dizer. Só sei que ando viajando com o Portuguęs por aqui... Por favor, me corrigem!




Bruna 5:47 PM

sábado, dezembro 20, 2003


Acho que estou precisando ficar sozinha um tempo. Tenho a impressăo que meu corpo năo me pertence. Tenho a impressăo que eu năo me pertenço...




Bruna 1:43 PM


Tive um sonho, que me deixou angustiada. Foi muito real, e a raiva muito forte. Meu menino era casado. Tinha tręs filhos. A măe deles, brasileira, era uma versăo de uma menina de Belo Horizonte que encontrei na capoeira ontém. Eu, a outra, amante dele. (Significativo, isso, será?). Mas a moça me aceitava, na casa deles, numa boa. Estávamos lá, todos. Eu, ele, ela, e as crianças. E daí ele trouxe outra mulher pra casa. Essa, era outra versăo da minha amiga capoeirista. E ele que tentava de qualquer jeito seduzir essa outra moça. O que me impressionou foi minha ira. Fiquei mal. Disse pra mulher dele que ela năo devia aceitar esse tipo de tratamento (sendo que eu também era amante dele). Saí de lá correndo, batendo portas, fazendo um escândalo. Com um sentimento fortíssimo de nojo, raiva e desespero, no fundo do estômago. E quando acordei, năo conseguia me livrar desse sentimento. Continuei odiando ele, com aquele gosto ruim na boca.
Porque năo posso ter sonhos côr-de-rosa, com sol e praia no fundo?




Bruna 1:16 PM

sexta-feira, dezembro 19, 2003


Fui ver Sophie Calle, de novo...




Bruna 5:58 PM


No último andar do Beaubourg (sexto andar), tem um restaurante, Chez Georges. Vale a pena visitar, porque a vista é linda, e as pessoas também. Se năo quiser sair de la completamente ruinado, melhor beber só um cafezinho mesmo. Do lado de fora tem um terraço, e cada mesa tem uma rosa, mesmo durante o inverno chuvoso, quando o acesso fica impossível...





Bruna 5:46 PM


Năo resisto. Sempre que vou lá, tiro as mesmas fotinhos, que todo o resto do mundo tira também. Mas adoro esse Centro Pompidou...







Bruna 5:31 PM

quinta-feira, dezembro 18, 2003


Atençăo! Post exageradamente longo e preconceituoso. Ninguém tem obrigaçăo de ler...

A diferença entre os Ingleses e os Franceses:

Toda pessoa ligeiramente inteligente sabe que năo se deve fazer generalizaçőes (existe essa palavra em portugęs?) sobre nacionalidades, raças, etc. Mas faço uma comparaçăo baseada em experięncia própria. Com licença.

Primeiras impressőes:
No metrô, aeroporto, e lugares públicos em geral, percebe-se que os ingleses săo sempre muito simpáticos e "polite". As palavras "sorry", "please", e "excuse-me" devem ser, estatísticamente, as mais usadas na Inglaterra. Se vocę pisa nos pés deles, săo eles que văo pedir desculpas. Se vocę esta com cara de perdido ou está carregando peso, eles estarăo sempre prestes a ajudar. Os franceses passarăo batidos, com um "porra de turista ignorante" de passagem. E uma careta feia, ou um suspiro.

No trânsito, os ingleses respeitam as regras, deixam os outros passarem, e quase nunca reclamam ou bizinam. Para entender os franceses no trânsito, basta tentar dar uma volta de carro no Arc de Triomphe (ao topo do Champs Elysees). Ainda năo entendo como saio de lá viva cada vez.

Alimentaçăo:
Os ingleses comem chocolates, salgadinhos, fish and chips (peixe e batata, frita no mesmo óleo, com idade indeterminada), e legumes fervidos durante várias horas (sem sal. Tempero só nos sonhos). A "cuisine française" é conhecida pelo mundo afora, como sofisticada, refinada e complicada. Quantidades mínimas (por isso os parisiences săo magrelos, apesar de comerem de tudo). Os ingleses comem sanduíches no metrô, ou enquanto correm de um lugar ao outro. Tente comer um "croissant" no metro de manha, quando vocę sai de casa atrasado e faminto, pra ver o que săo olhares de desgosto e nojo. Os franceses comem sentados, na mesa, e com calma. Os ingleses ainda năo perceberam que isso năo somente faz bem, como é mais agradável. E năo văo perceber nunca. Um bom exemplo de uma família típicamente francesa, jantando, se encontra no filme de Bertolucci, The Dreamers.

Roupas (Feminina):
As inglesas tęm tendęncias a engordarem, e também ŕ năo saberem muito bem como se disfarça os quilinhos extras. Gostam de saias curtas (mesmo no inverno, sem meia calça, e com perninhas azuladas de frio). Usam saltos altos, sapatos muitas vezes sujos e descascados. As francesas năo seriam vistas mortas sem meia-calça! Quase todas magrelas, e sempre elegantes (mesmo no supermercado). Usam roupas escuras, porque sabem que isso emagrece mais ainda, e também por ser uma cor clássica. As roupas estăo sempre limpas, mesmo se os corpinhos por baixo delas năo viram um sabonetinho a vários dias.

Roupas (Masculina):
Os ingleses mostram a pança ŕ vontade. Muitas vezes parecem que levantaram de manha, e esqueceram de tirar o pijama. Os franceses nunca serăo vistos de moletom, e raramente de tęnis, em público. Os homens simplesmente năo possuem panças.

As panças:
Ingleses possuem, franceses năo. Os franceses săo pequenos, e magros. Os ingleses, altos e grandes. E descabelados. Năo se sabe muito bem de onde vem isso. Talvéz por causa da enorme quantidade de cigarros consumidos na França, e da frequęncia que os ingleses ingestem cerveja (quente). Mas năo existem provas científicas de nada disso.

Bebidas:
Os franceses consomen vinhos (finos). Sempre. Desde jóvens, desde sempre. Desde de manha cedo, até tarde da noite. E aparentemente sem se alterarem demais. Os ingleses, muito tímidos, ainda năo aperfeiçoaram a arte de seduzir o sexo oposto (ou o sexo interessante) sem a ajuda da bebida. Entăo bebem enormes quantidades de cerveja (sim, quentes), e se jogam contra a pessoa desejada. Se conseguirem se manter devidamente embriagados até chegarem em casa, a coisa pode ficar interessante. Se năo for o caso, um aperto de măo com um "sorry" terminará a noitada.

Seduçăo:
Dizem que os fraceses seduzem com o olhar. Pessoalmente, ainda năo consegui entender muito bem essa tática. Experięncia própria mostra que passarăo bastante (bastante mesmo) tempo com a pessoa de seu interesse, até essa mesma começar a duvidar dos interesses (e da orientaçăo sexual) deles. Quando a vítima começar a pensar que estăo realmente interessados em amizade pura e inocente, o fracęs tomará uma atitude (um beijo em condiçőes bizarras, ou até uma măo direto ao local desejado da pobre pessoa desintentida). Estranho, mas funciona. Os ingleses tęm mais dificuldades com isso tudo (vide item "Bebidas" acima).

Cultura:
O frances médio é bastante culto. Conhece política, história, e arte. Lotam os museus e exposiçőes da cidade, e lęem os jormais. Os ingleses gostam de assistir futebol (rugby, cricket, ou outros) em compania dos amigo, com mais cerveja quente. Lęem jornais que contam da vida particular e meio sórdida da realeza, e outros "celebrities". Os museus săo populados por turistas.

Cinema:
O cinema francęs é isso mesmo. Francęs. Sofisticado, esbanjando charme e cultura. O cinema inglęs fala da luta social das classes baixas, ou săo comédias, entendidas somente pelos conhecedores de "English Humour".

Moradia:
As casas dos ingleses săo claramente sujas e bagunçadas. Encontra-se louça na pia, roupas para serem passadas espalhadas pela casa, e aspirador de pó no corredor (que óbviamente năo foi usado ŕ alguns milęnios). Os franceses tem casas bem arrumadas, com sujeirinhas discretas. Decoraçăo de bom gosto, iluminaçăo discreta e sedutora. Muitas vezes, comem em pratos velhos e quebrados, copos de diversos tamanhos diferentes, talheres tortos. Mas tudo com muito charme. E comem bem.

Crianças:
As crianças inglesas săo isso mesmo: crianças. Correm, falam alto, gritam e se divertem. Mal educadamente. Se vestem com roupas confortáveis e de preferęncia bem velhas. As crianças francesas nascem adultas. Săo educadas, cheias de cultura, e sofisticadas. Se vestem como os pais. Fumam desde cedo. Estudam.

Velhos, e deficientes:
Na frança, essa categoria năo existe. Pelo menos que eu saiba. Se existem, ficam escondidinhos direitinho. Os velhos andam de metro, sobem e descem escadas (muitas), e se viram sozinhos. Os ingleses tem organizaçőes que cuidam dessas pessoas, e cuidam bem. E eles existem, sem vergonha ou culpa.



Voila! Por enquanto é isso. Quem quiser adicionar alguma coisa, aceito! Quem é mais legal, onde é melhor viver, năo sei.




Bruna 9:35 PM


A gente tem uma escolha na vida. Uma escolha principal. Podemos viver em paz, com pessoas de quem gostamos, com quem nos damos bem, tranquilamente. Sem enormes brigas, sem dor, sem grandes emoçőes. Também podemos escolher de se meter com pessoas que nos perturbam. Pessoas que mexem com tudo dentro de nós. Pessoas pelas quais choramos, rimos, doemos e sofremos. Essas que fazem com que a gente faça grandes besteiras, que fazem com que a gente perca todo senso de responsabilidade e toda certeza dessa vida. Pessoas perigosas. E por alguma razőo, estranha, bizarra, a gente acaba preferindo se meter com elas. Porque será? Năo quero isso. Mas năo consigo impedir que aconteça.




Bruna 5:02 PM


Agora, falando sério merrmăo. Porque as pessoas insistem em comprar presentes pras outras, quando năo sentem vontade alguma? Porque elas se forçam a essas regrinhas da sociedade? Todo mundo acaba sem um puto no começo do ano, e com um monte de presentes que eles năo queriam, pois foram comprados por pessoas que tinham obrigaçăo em dar-los. Eu năo quero presente algum que foi comprado com stresse e má-vontade, em lojas lotadas de pessoas nervosas. Quero receber presentes espontâneos, de pessoas que viram alguma coisa em algum lugar, e pensaram em mim. Mas assim năo. Pelamordedeus, assim năo!




Bruna 12:40 PM


Aaaaaaaaaaaaaaaai... Quero ir embora daqui. Quero ficar longe de todo mundo. Quero năo dever nada ŕ ninguém. Quero năo ter que fazer mal ŕ ninguém. Năo ter que falar com ninguém. Năo ter que sobreviver Natal, e as besteirinhas que vęm junto. Quero paz. E uma ilha deserta.




Bruna 12:25 PM


Ontém voltei pra outra loja, mais uma vez. Levei a peça que vazava. O moço estava conversando com um homen, explicando como acabar com um vazamento num tubo de cobre. Passou dez minutos explicando. Tinha que colocar massa năo-sei-do-que aqui, tá vendo, e năo aqui. Passar e esperar 3 horas, etc, etc. Longa e detalhada explicaçăo. Quando eu cheguei pra perguntar, ele me olhou feio, me jogou uma peça nova. O "joint" estava ruim. Agradeci, e perguntei se o problema era no "joint", se eu poderia trocar somente isso, em vez de comprar uma peça nova. Ele ficou mais mal-humorado ainda. Buscou um "joint" e saiu andando rápido na direçăo oposta. Que delicadeza...
Voltei pra casa, atarrachei o negócio. Vazava um pouco alí. Atarrachei de novo. Perfeito! Tenho uma bela pia, funcionando perfeitamente. Sou a prova final de que năo é necessário ter um treco mole entre as pernas para poder concertar um probleminha de encanamento.
Viva! \o/




Bruna 11:27 AM

quarta-feira, dezembro 17, 2003


Diálogo tipicamente parisience:
A moça chega na loja de convenięncias. Timidamente pergunta:
"Por favor..."
O moço, que năo está fazendo absolutamente nada, a ignora. Ela tosse, coça a cabeça, e espera. Bastante. Tenta de novo.
"Por favor, a minha pia da cozinha está com um problema. Esta vazando, nessa parte aqui."
(Mostra um desenho previamente preparado - por falta de vocabulário - mostrando o local e problema exato).
"Hm. Desmonta tudo e me traz de volta aqui."
"Essa parte aqui mede X cm, e aqui tem um diâmetro de tanto."
"Desmonta tudo e me traz de volta aqui."
"Moço, năo dá pra me ajudar um pouco? Eu trabalho, vim correndo aqui na hora do almoço, preciso resolver isso."
(Obs. As lojas de "convenięncias" ficam abertas em horários "convenientes", durante os quais todos nós trabalhamos). Daqui ŕ pouco, fecham para o Natal, de vez. Até o ano que vem.
"Tem que trocar a peça? Comprar um selante de silicone? Custa quanto, mais ou menos?"
"Desmonta tudo e me traz de volta aqui." (Com ar de mulher-măo-entende-dessas-coisas).
Ela tosse de novo, engroça a voz.
"Será que o senhor poderia me dar uma idéia..."
Ele vira, e começa a ler o jornal.
"Pelo menos... só pra saber..."
Ele suspira (francęs adora suspirar).
"Desmonta tudo e me traz de volta aqui."

Moral da história: Volte pra casa e jante pizza.

..
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Bruna 9:44 AM

segunda-feira, dezembro 15, 2003


ó umbiguismo...




Bruna 5:23 PM


A descoberta do dia
Minha irmã chegou no Brasil, e levou minhas radiografias de ouro. Minha mão levou pro médico-deus dela, que disse, entre outras coisas podres sobre meus ossos, que tenho não sei o que na cervical. Normal, que sou torta já sabia. O que foi interessante foi saber que isso causa dores de cabeça! Minhas dores de cabeça de-deixar-na-cama-durante-tręs-dias nada tęm a ver com os hormônios, pílula, alimentação, vinho (uuuuhhhhuuuuu!) e outras teorias mais. São por causa dos ossos. E os ossos podem ser concertados (pelo menos um pouco). Será que vou ser curada dessa?!?




Bruna 5:15 PM


A Bruna Paixão falou disso uma vez. E é isso, exatamente isso. A gente não entende como as pessoas conseguem se apaixonar pela internet. Coisa estranha. Mas daí a gente fica conhecendo uma pessoa, assim, pelo texto. Uma relação cerebral. Não tem o cheiro, o toque, o som da voz, que normalmente significam tudo. Mas tem gente que te escreve, e basta. Só aquelas poucas palavrinhas, (digitadas, nem a letra a gente conhece), bastam pra saber que a gente gosta. E como gosta. E como faz bem. Um e-mail que muda o teu dia. Que muda tudo. De uma pessoa que eu nunca ví.




Bruna 2:10 PM


No telefone, agora pouco, ele me perguntou se eu estava feliz. Fiquei muda. Como assim, feliz? Feliz onde, com quem, como? Feliz, ele disse. Não é uma pergunta assim, complicada. Mas năo sabia responder. Estou bem, ou pelo menos, muito melhor do que estive esse ano todo. Năo choro mais sozinha, na cama, por razőes inexplicáveis. Năo fico mais com medo de ficar sozinha. Não tenho mais aquela agonia. Mas agora não sei mais. Medo, sempre medo, de mudar, de não mudar, de fazer mal ŕs pessoas, de passar desapercebida. Medo de não saber o que eu quero. Nem como conseguir o que quero.
Estou bem, pelo menos por enquanto. Feliz, não sei. Pra estar feliz, acho que preciso de um trabalho mais criativo, e de estar perto das pessoas que eu quero, e poder ter insipiraçăo, e tempo de escrever tudo que quero escrever, ter uma casinha perto do mar. E os ossos bons. E música. E saber que as pessoas que vou deixar pra trás estão bem. Daí sim.




Bruna 2:02 PM


Não sei. Minha inspiração foi-se. Tirei o dia de hoje de férias, de novo, mas não consigo trabalhar. Tenho 3 sites pra fazer, e não sai nada. Fico rondando pela casa, ouvindo música que me deixa triste. E sabendo que vai me deixar triste, ouço com mais gosto. Não entendo.




Bruna 1:51 PM

sexta-feira, dezembro 12, 2003


Todo mundo sabe que balanças fazem mal ŕ saude, certo? Se pesar sempre tem consequęncias indesejadas. Mas a gente não resiste. Ontém fui pesar a minha mala (gigante) que minha irmã vai levar pra São Paulo. E depois me pesei também. A mala estava bem abaixo do peso. E eu, engordei 3 (TRES) kilos desde a última vez que me pesei (outro dia!). Porra, de onde vieram os 3 kilos???




Bruna 12:48 PM


Querem participar da revolução? Comecem aqui.




Bruna 12:33 PM


Tem gente no mundo que tem um poço de energia. Encontrei uma dessas pessoas ontém. Engraçado. Ela consegue intoxicar todo mundo em volta dela. Vai revolucionar o mundo. Eu vou junto!




Bruna 10:53 AM

quinta-feira, dezembro 11, 2003


Ontém, depois da saga das radiografias, fui almoçar num chinês. Muito bom, mas meio caro. Mas depois de 280 Euros, 10 a menos ou a mais não faz lá muita diferença, certo? Fui, e comprei um pacotinho com vários negocionhos cozidos ao vapor. E nesse pacotinho vem uma folhinha de decoração. Nem prestei atenção. Quando cheguei no escritório, minha colega me olhou torto. "Onde é que vocę arrumou isso?????"





Bruna 7:32 PM


Estou revoltada. Sabe quanto custou essa brincadeira de radiografia? 280 Euros! Uma fortuna. Da pra alimentar uma família africana durante um ano. Aliás, deve dar pra alimentar uma família brasileira um bom tempinho também!




Bruna 10:18 AM


My fucked up bones...

Ai, ai, ai. Foi assim. Depois do acidente dos meus pais (sinto muito, o texto é em ingles - quem necessitar de uma tradução favor contactar-me), minha mãe enrolou, enrolou, e foi, finalemente, fazer fisioterapia. Agora ela se apaixonou pelo médico, e resolveu que o homen é deus-na-terra. Tudo bem, vai ver que ele é. Resolveu fazer um check-up em mim a distancia. Hoje, fui fazer radiografias da coluna todinha, do pescoço até o rabo. Também fiz várias do pé. Nesse país, essas coisas são sempre uma aventura.
Cheguei lá, no laboratório. Primeiro que a recepcionista falava portuguęs! Eu, com meu requerimento por fax do médico do Brasil, com cara de desculpe-vou-ter-que-traduzir. Ela sorriu, pediu pra ver o papel. Entendeu tudinho. Miráculo!
Entrei numa salinha lotada de máquinas tipo space ship. O senhor tio radiólogo olhou pra mim com cara de quem não quer nada.
"Tire a roupa, Mademoiselle."
"Ah, tá. Mas o que, exatamente? A calça?"
"A roupa. Tudo."
"Éhhh... Calcinha e sutiã?"
"Tudo."
Epa! Peraí. Não me lembro de ter ficado nuazinha pra tirar radiografias. Mas isso é França. Eles adoram pedir pro povo tirar a roupa. E eles tiram, na moral.
Tirei tudo, tudinho. Fiquei com cara de cú. E suando, apesar do frio da porra lá fora.
Subi naquelas máquinas. Fiquei sem me mexer, sem respirar, tudo que o tio pedia. Ele me colocava alí, saía da sala, e ficava gritando instruções do outro lado. Gracinha, não queria tomar aquele monte de raios super nocivos que eu estava bebendo.
"Ne bougez pas!"
"Ne bougez plus du tout!"
"Ne respirez pas!"
Ahhhh! Mas me poupe!
"Respirez..."
Ufa!
"Você tem a coluna torta."
No shit!
"Já fez re-educação?"
Como assim, re-educação?
"Devia ter feito desde criança."
Whaaaat?
E daí tudo de novo.
Quando terminei todas as (muitas) radiografias da coluna, faltava o pé.
"Vou me vestir... ?"
Não. Nem rolou. Tinha que ficar nuazinha pra tirar fotinhos da porra do pé!
"O teu pé está torto."
Aaaaaaaaaaah!
Depois, ele terminou, e foi "verificar" tudo.
"Posso me vestir... ?"
Não rolou.
"Caso a gente tiver que refazer tudo."
Como assim, refazer? Refazer o que?
O tio saiu da sala, pra revelar as obras primas, imagens dos meus ossos.
Enquanto isso, a sala lá, aberta. E eu, peladinha. Com o pupu nu, na cadeira gelada.
Entra um outro tio. Me olhou, com aquele sorrizo no canto da boca.
"Bonjour, ça va? Tutto bene signorina?"
Porra, eu alí, peladinha, com o povo entrando e saindo. Tenho cara de "tutto bene"?
O primeiro tio voltou, com cara de desculpe, deu uns tapas numa das máquinas, e saiu. O segundo tio voltou.
"O que você fez com a nossa máquina? Parou de funcionar."
Eu mereço!
O primeiro tio voltou. Deu uma risadinha, e disse que eu podia me vestir.
"Puxa! Obrigada."
...
Depois o médico me chamou.
Me sentou no seu sofá. Parecia psyquiatra!
Explicou que minha coluna está errada no nível das omoplatas, lombar, e no meio. Ou seja, tudo. E o pé está fudido, inclusive com artrite. (Não tenho nem 30 anos!). Explicou que tenho que tratar tudo isso o mais rápido possível, e que devia ter começado faz tempo.
E eu, sendo rainha psicosomática que sou, comecei a sentir dores nas costas imediatamente.
Vou alí dar uma choradinha.




Bruna 12:14 AM

terça-feira, dezembro 09, 2003


Não fui ao trabalho hoje. Conhece a lei das 35 horas na França? Talvéz ja falei disso. Algum espertinho resolveu diminuir a semana de trabalho ŕ 35 horas. Isso daria mais tempo livre aos trabalhadores (eu), e obrigaria as empresas ŕ contratarem outras pessoas (diminuindo o desemprego). Bonitinha, a idéia, como a maioria das leis meio socialistas francesas. O problema é que na verdade ninguém pode trabalhar meio dia a menos por semana. Então a gente vai acumulando essas horas todos os meses, e no final, temos o direito de tirar dias de folga. Só que nunca dá tempo. Esse final de ano, tenho que recuperar 28 dias. Ou seja, não vai rolar. Vou perder essas horas todas.
Numa tentativa de aproveitar um pouquinho, tirei o dia de hoje de férias. Ia passar o dia compenetrada na frente do computador. Também não rolou. Acoredei tarde, passei algumas horas no telefone, e resolvi fazer faxina. Talk about procrastinating. Depois fui tomar banho, almoçar, etc. Quando fui tentar fazer o java script chatinho do tio, já nem deu. Agora estou escrevendo sobre a Anais Nin, dando uma forcinha pra minha sistah.




Bruna 4:26 PM

segunda-feira, dezembro 08, 2003


a lua está cheia
pois é.
minha inspiração foi pras cucuias.
não consigo dormir direito.
não consigo resolver nada.
nem as coisas simples
(faltar ou não na aula?)
nem as coisas complicadas
(voltar ou não ao Brasil?)
nem as coisas mais metafísicas
(me apaixonar ou não por ele; e por ela?)
só sobraram as vontades e os desejos:
de chocolate, de sol, de pele, de conversar com alguém.
mas daqui a pouco essa lua se acalma...




Bruna 6:34 PM

domingo, dezembro 07, 2003


uma noite de sábado melancólica
tinha uma festa, mas deitei 2 minutos e acordei 3 horas mais tarde
agora o sono se foi
não me sinto muito social
mas talvéz seria bom ter ido.
me pergunto o que seria a melhor opção
me pergunto o que estou fazendo da minha vida
o que vou fazer dela?
e das pessoas dentro dela?
será que quero Paris, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Ilheus, Salvador?
leitura ou webdesign?
limpar a casa ou arrumar minha tralha?
mover os móveis?
beber pinga?




Bruna 1:09 AM

sábado, dezembro 06, 2003


Ontém eu vi um zorse. Sabe o que seria um zorse? Zebra + Horse. Cruzaram os dois, deu um bicho com cara de cavalo, mas com listras de zebra misturadas. Bicho lindo! Louquissimo.




Bruna 4:58 PM

sexta-feira, dezembro 05, 2003


une petite fontaine




Bruna 12:09 PM


A vida é bela,
O amor existe,
Os pássaros cantam,
E o mar faz chuá, chuá, chuá...




Bruna 10:32 AM

quinta-feira, dezembro 04, 2003


WOW
Esses dias, pela primeira vez em um ano, percebi que estou bem. Simplesmente bem. Não estou com o coração estatelado no chão. Não estou com vontade de chorar. Não estou me sentindo pequenina e fraca. Estou bem.
Incrível, isso.




Bruna 5:19 PM


Sou uma mulher fácil. Muito fácil.
Tinha todas as boas intençőes de voltar pra casa, passar aspirador, arrumar o meu quarto, e ir dormir cedo. E um recadinho, um convitezinho (cineminha) e já me derreto toda. Eu vou. E vou deitar tarde, e não vou lavar a roupa, ou limpar o banheiro, nem pagar as contas até outro dia.
Sou fácil.




Bruna 4:33 PM

quarta-feira, dezembro 03, 2003


Acordei de madrugada, fui correndo pra estaçăo, e voltei pra Paris. Ó belo Eurostar... Durmi que nem uma pedra, logo que o cara do meu lado abriu um mapa de Paris, e começou a fungar. Deu aquela chupada, e engolida de catarro velho, guardado no fundo da garganta. Ou eu chutava, ou dormia.




Bruna 1:04 PM

segunda-feira, dezembro 01, 2003


Voltei. Fiquei com raiva do reloginho desse café internet, então dei todas as minhas moedas pra maquina, e voltei. De raiva.
Trouxe um café, que já derrubei em cima das minhas unicas calças, nas quais tenho que trabalhar amanha.
Já comprei meu estoque de livros de péssima qualidade de segunda mão, no Oxfam, e agora aguardo a Fa, (minha amiga que vai me dar um teto e um colchão) sair do trabalho. Depois vou dormir.
Sei. Não é muito interessante, como maneira de gastar tempo nessa cidade. Mas quero dormir. E amanha, vamos passear.




Bruna 7:56 PM


Ui medo. Recebi fotos do encontro da minha classe que se formou no colegial 10 anos atrás. Medo. Eles estão todos iguais. Iguaizinhos! Parece que estavam na formatura. Um ou dois um tiquinho mais gordinhos. Mas tudo igual. Será que a cabecinha deles cresceu? Tomara.




Bruna 6:35 PM


Estou em Londres. Por isso que não estou respondendo e-mails, e nem vou postar grandes coisas. Acabo de perder 3 libras na porra do easyInternetCafe, que tem máquinas atendendo, em vez de gente. E maquinas sempre roubam. E acabaram minhas moedas, e meu tempo também esta pra acabar. La fora, muita chuva, muito cinza. Realmente, não entendo como que o povo pode morar num país desses. Mas ao mesmo tempo, como adoro os Ingleses. Mesmo sendo "the worst lovers in the world" (palavras do meu amigo ingles) e não terem borogodó, e não saberem conversar com mulheres sem a assistęncia de meia garrafa de whisky. Mas tudo bem, eu gosto deles, mesmo assim. Não me perguntem...




Bruna 6:20 PM

sábado, novembro 29, 2003


Fui lá (consegui acordar cedo num sábado) e vi a mulher. E o negócio está fechado. Ela quer meu site. Peguei o metro sorrindo, que é um crime no país das caras fechadas. Ela é maravilhosa. A casa dela é linda, os filhos (3) são lindos, o trabalho dela é lindo, o marido dela é... bom, ele é feio. Mas ninguém é perfeito...
Fiquei lá quase que 3 horas. Conversamos, inventei um preço, na lata. Ela disse Ok, sem nem piscar. We're in business! Talvez vou ganhar uma fotos como parte do pagamento.




Bruna 2:14 PM

sexta-feira, novembro 28, 2003


Ah não. Mais um não. Mais um Natal nessa terra... Todo aquele comercialismo barato que tenho que aguentar. A obrigação de comprar presentinhos para pessoas que não queremos presentear. E a falta total de imaginação pra escolher esse benditos presentes. Alguém quer ganhar MAIS um CD com MAIS uma camiseta?
Depois tem toda a cafonice das decoraçőes bregas, e das bolas, e dourados, músicas, neve falsa nas janelas das casas, e os pobres pinheirinhos que perdem a vida pra virar porta-badulaques.
Mas o problema do Natal é a pressão que a gente sente pra se divertir, mesmo sem gostar da ocasião. Longe da família, nesse frio.
Quero minha praia!




Bruna 11:57 AM


Protesto!
Esse blogger acaba com o tesăo de qualquer um. Está fora do ar 80% do tempo. Ou "em manutenção" ou simplesmente "the page cannot be displayed". Que porra é essa? E o meu post bonitinho que vocęs apagam cada vez que isso acontece? E todos os meus (dois) leitores que não podem acessar minhas pérolas de sabedoria? Pelamordedeus!




Bruna 11:46 AM


Vim ao trabalho por um caminho diferente. E vim rindo. De um homen que é capaz de escrever um livro todinho sobre uma caixa de cigarro Camels.





Bruna 10:09 AM

quinta-feira, novembro 27, 2003


Será que a época dos e-mails aumenta-pęnis está passando? Porque agora, a maior novidade de spam que estou recebendo são convites para assistir vídeos do que acontece no Hilton Paris. Alguém "conseguiu" filmar alguma coisa escondido. Interessante, essa. O que será?




Bruna 4:09 PM


Vou pra Londres segunda feira. Fico 2 noites. Hum.




Bruna 12:53 PM

quarta-feira, novembro 26, 2003


Alguém me entende. :)




Bruna 7:21 PM


Como diz meu amigo Curt
"This is the season when Americans eat turkey... Weird..."




Bruna 5:07 PM


Ta ta ta ta tan tan. Ta ta ta ta tan tan. (= eu, de novo, dançando no escritório). Recebi os meus livros do Tom Robbins. Alegriiiiiiiiiiiiia. Esse homen é o melhor. E terminei meu livro indiano ontém, de madrugada, no sofa. Estava já com falta de ar. O desespero de não ter o que ler. E eles chegaram agora, delivery, bonitinhos, no escritório. Eu amo gastar meu dinheiro na Amazon. E amo Tom Robbins. Estou feliz.




Bruna 1:13 PM


Aaaaaahn... TPM. Tudo se explica. Entendi tudo. A mini dorzinha de cabeça, a irritação, a caręncia afetiva gigantesca e sem fim... A montanha russa de sentimentos babacoides, a insônia. Entendi...




Bruna 12:55 PM


Ontém o Chico veio em casa. Está fazendo uma exposição com sua irmã e um outro carinha. E me pediram pra fazer o flyerzinho, o convite. Botaram mó fé na minha capacidade pra salvar a vida deles. Não deu outra! Problemas técnicos. Medo. Fui dormir sonhando com aquilo. Tudo o que as pessoas diziam, virava texto que eu colocava do lado das imágens do flyer, na minha cabecinha maluca! Estava diagramando os diálogos! Hoje ele volta, pobrezito, com sua irmã.




Bruna 9:50 AM

terça-feira, novembro 25, 2003


Vishe. Meu colega está achando que é o Jim Morrison re-incarnado.




Bruna 5:25 PM




Bebi, lá no "sur". Dos bons, e puro. Desce redondinho, e esquenta a barriga.




Bruna 4:31 PM


Era uma vez, um gato xadrez....
Lembra? Qual é o final disso?




Bruna 4:20 PM


Aaaaaaaaaaah, mas que tortura! O homi do site me respondeu. Yada, yada, yada. O meu "approach" é equilibrado. Gostou da simplicidade de um outro site (muito tosco) que eu fiz. Está tentando resolver se quer um site pessoal ou um negócio pra firma que ele talvez montaria. Don't call us, we'll call you.
Se tem uma coisa que eu não possuo, é pacięncia!




Bruna 2:51 PM


Fato Cultural do Dia:

Esse ano, com o calor absurdo na França (que matou metado dos velinhos), as uvinhas cresceram muito bem. O pessoal lá do "sur" está todo empolgado por causa da boa qualidade da frutinha. O vinho 2003 será muito bom. Para os franceses que quiserem escolher uma boa garrafa ŕ presentear daqui ŕ alguns anos, escolherăo uma desse ano, com certeza. Os brasileiros com um pouco de sobra no banco também...

Quando estive lá, os vinhedos estavam todos amarelinhos, e os que ainda tinham uvas, pesadíssimos...




Bruna 2:44 PM


Eita! O blogger surtou. Foi hijacked...




Bruna 12:35 PM


Ontém, na aula, o Prof. resolveu dar uma hora de música. Pensei comigo mesma: isso é uma aula, é pra aprender. Se não for aqui, onde é que vou aprender? Peguei toda minha boa vontade, e fui tocar pandeiro.
Que mico!
Senso de rítmo: ZERO
Borogodó brasileiro: ZERO
Alguma coisinha das aulas de batucada: ZERO
Inteligęncia básica: ZERO
Aulas Waldorf de violino, piano, flauta, coral, etc: ZERO
Vixe...
Estou com a mão doendo até agora.

E depois de uma hora só de música, ele resolveu colocar todo o tempo perdido no final do restinho de tempo que sobrou. Tinha pouca gente na aula, então foi muito foda. Apanhei de um velinho. Tem dois deles no grupo. Carecas, e cabelo branquinho. E com cara de fracotinhos. Mas só cara mesmo. Porque eles são um monte de músculos e técnica. Mais mico.




Bruna 10:24 AM

segunda-feira, novembro 24, 2003


Fazem 10 anos (DEZ!) que me formei no colegial. Que medo. O povo da minha escola de São Paulo, e o povo da minha escola da Inglaterra estão fazendo reuniőes pra todos os lados. E eu aqui, longe de todos. Não vou ver ninguém. Azar.




Bruna 4:23 PM


Marseilles...

Aaaaaah, mas fazia tempo que queria conhecer esse lugar. Muito tempo. Marseilles está para Paris assim como o Rio está para São Paulo. Rivalidade em tudo, e parece que vocę está em outro país. A cidade está mais pra norte da Africa do que França, isso sem dúvidas. Só passei meio dia lá, então não sou nenhuma grande entendida, mas o lugar está cheio de grafitti, jóvens desocupados, e mau cheiro. Muitas meninas "Dark", e punks perdidos no tempo. O pessoal parece meio invocado no começo, precisava de um pouco de carinho antes deles amançarem. Mas ela é construída em volta de uma marina, com muitos, muitos barcos. Um lado os veleiros, outro lado as lanchas. Tem aquele cheirinho bom de mar, e aquele barulho gostoso dos cabos dos veleiros batendo nos mastros.




Bruna 12:52 PM


Voltei. Voltei pra cidade grande, pro trabalho, pra poluição e pro mau humor. Ô dó. Foi um fim de semana lindo. Pegamos o trem TGV pra Marseille, e depois um tremzinho local e descemos numa micro cidadezinha chamada Sanary. Ficamos numa casa linda, maravilhosa, antigona. Daquelas onde os camponses de outrora moravam. É um lugar onde tem vinho, e azeite. E vista pro mar no fundo do quintal. E um bocado de carinho e atenção. Queria morar lá...




Bruna 12:07 PM

quinta-feira, novembro 20, 2003


Tem dia que começa mal, mas que termina muuuuuuuuuito bem! Que termina um tesão!!! Eu estressando sobre o site do outro moço, e estressando porque o menino estava atrasado e nem me ligou, e daí, fico sabendo que vou fazer o site da mulher maravilha! E ela é, maravilha. Ela é quem eu quero ser quando crescer. Um montão de talento, e bonita, e simpática, e muito foda. Totalmente foda. E ela quer um site, um site meu!!!!




Bruna 8:28 PM


Ai medo. Agora é o dia clássico de nervosismo que ocorre depois de entregar uma proposta para uma pessoa com quem quero muito trabalhar. Ele disse pro amigo dele, meu cliente, que sou a terceira pessoa com quem ele fala sobre isso, e que sou a que ele gostou mais. Wooooooooooooohooooooooo! Agora, será que sou a mais cara? Barata? Estranha? A mais velha? A mais nova? A mais mulher (tem muito homen nesse business)? Ai medo.




Bruna 3:56 PM


Hoje está parecendo uma segunda feira, das clássicas. Saí de casa atrasada (o que não é nada de excepcional) e fiquei mais de 45 minutos estacionada na plataforma do metro, tentando achar um vagão com uma quantidade humana de pessoas espremidas do lado de dentro. Pois é. Não tinha. Todos os metros que entravam na estação estavam completamente abarrotados de gente mal humorada e com mau hálito. Não dá.
A companhia de metro, RATP, é também conhecida como "Rentre Avec Tes Pieds" (Volte pra casa com teus próprios pés).


Chegando no escritório, o menino da recepção não estava. Caiu de moto. Quebrou o pulso, machucou o tornozelo e o joelho. Precisamos de alguém na recepçăo. Então sobra pra nós. Meia hora cada, rodízio. Eta alegria!
O colega na minha frente já chegou irritado. Só pensa em reclamar. A outra está cansada de falar sozinha e ninguém ouvir (sendo que nada do que ela diz interessa alguém) também se irritou.
Mas tudo bem, tudo bem. Tá limpo. Hoje ŕ noite tem "Portes Ouvertes" nos atelięs de artistas num bairro do norte de Paris. O Chico está participando. Depois, amanha de manha cedinho, pego o trem e vou-me embora daqui. Este blog estará de férias alguns dias...




Bruna 11:11 AM

quarta-feira, novembro 19, 2003


Acho que resolvi os preços pro novo "cliente". Mas e o medo? E se estiver caro demais? E barato demais? E se ele sair correndo e nunca mais voltar? Ui.




Bruna 5:05 PM


Ô confusão na minha cuca, os pensamento voando por aí, uns dando trombadas nos outros. Uns atrapalham o caminho dos outros, e cada colisão catastrófica. Ai, ai, ai, essa minha cabecinha vai fundir...




Bruna 3:47 PM


Sol Aqui

Sol aqui
dentro de mim
e eram duas
as minhas ternuras
uma minha
outra tua
e juntas eram
forma de
amor
de calor
forma de
sol
dentro de mim.

Sabe lá se
tenho galaxias
a pesquisar
sabe lá se no
meu ego existe
seres lunares
terrestres equestres.

Por mim não
importa
pois tenho um
sim, um não
um universo, um grão
dois pés, duas mãos
e duas das minhas
preferidas ternuras
uma minha
uma tua
uma verde
outra madura
uma grave
uma aguda
e juntas são
forma de
amor
de calor
forma de
sol aqui
dentro de mim.

Stefan




Bruna 2:49 PM


Ŕs vezes, a gente está no escritório, e o povo insiste em contar todos os detalhes do trabalho deles. E ŕs vezes, a gente gostaria de fazer o próprio trabalho, em vez de ficar ouvindo eles falarem sobre o deles. Ŕs vezes, eu não me interesso pelo tipo de hotel onde a moça vai ficar na viágem dela, e não me interesso pela maneira que o moço organisa suas visitas. E ŕs vezes, gostaria de ter um pouco de silęncio e calma no escritório. Mas parece que sou meio estranha quando acho essas coisas.




Bruna 12:07 PM


O mapa tosco abaixo é o metro de Paris. Eu sei, tá feio, e não dá pra ver grande coisa. Mas o pontinho vermelho no canto, quase caindo pra fora da cidade, é a minha casa. Moro no bairro 12. Um bairro cheio de velhos mal-humorados, e muitas farmácias (com muitos remédios pros velhos mal-humorados). Mas o bairro fica pertinho de um belo parque (Vincennes), e tem um belo apartamento (o meu), e minha irmã mora pertinho, e é tranquilo. Voilŕ.





Bruna 11:46 AM


A agonia de não entender os outros é enorme.
Mas a de não entender a si mesma é muito pior.




Bruna 10:38 AM

terça-feira, novembro 18, 2003


era uma vez
eu

e comecei tudo ao mesmo tempo

e nada dava certo
então comecei outras coisas

e agora não entendo mais nada

e será que vocę poderá entender?
será que vou te fazer mal?
será que vai dar certo?
será que deve?




Bruna 10:41 PM


Estou impressionada. Caramba. Sabe aquelas pessoas que a gente encontra, e gosta imediatamente? Eles nem precisam abrir a boca, e a gente já sabe que vai se dar bem? Então. E olha que eu tinha resolvido que o cara seria um chato, meio pedante e bem difícil. Mas não. Ele quer um site legal, tem ideias legais, e simplesmente é uma pessoa agradável. Gostei mesmo. Espero que dę pra trabalharmos juntos. Espero mesmo. Agora vai ser uma questão de preço. Mas assim é a vida.
Dá vontade de fazer o negócio de graça!
Ele trabalhava numa enorme agęncia de publicidade, e fugiu do mundo "corporate". Porque será que eu só ouço falar nesse tema ultimamente?




Bruna 7:22 PM


Então, já que a inspiração está longe, parto para a literatura.



Voltei pra India para a imaginação. Estou no comecinho do livro, mas parece que vai ser muito bom. Uma ideia louquissima dessa cultura tão maluca...




Bruna 3:39 PM


Eu vou, eu vou... Uuuuuuuuuuuuuuuuuuhuuuuuuuuuu! Eu vou! Vou passear esse fim de semana. Vou tirar a sexta feira, e vou passear de TGV. Yeh! Conhecer um pouco desse país. E sem gastar dinheiro. Yeh!




Bruna 12:15 PM


Faltei na aula. Não deu pra ir. E sexta feira, se tudo der certo, vou faltar de novo. Mas vai ser por uma boa causa. Ô alegria!




Bruna 10:01 AM

segunda-feira, novembro 17, 2003


Ui, que medo. Sou eu, fingindo que sei fumar... Fotinhos da Babs.









Bruna 10:51 PM


Putz! O pior é que faz sentido...




Bruna 4:41 PM


"Why do people have to kill people, who have killed people, to show that killing people is wrong?"




Bruna 11:44 AM


Gostinho bom, de fim de semana bem vivido...




Bruna 10:32 AM

domingo, novembro 16, 2003


Tirei férias. Não fiz nada o dia todo. Só dormi, e ouvi musica antiga, da época da minha mãe...
Parece que não aprendo. Ou talvez seja somente a melhor maneira de exercer minha liberdade.




Bruna 10:58 PM


I just don't know what to do with myself




Bruna 10:55 PM

sábado, novembro 15, 2003


Leçon de seduction numero 1:

"Tu est vraiment mignonne", sussurrado no ouvido de alguma menina com quem vocę está afim de ficar não é a melhor solução ao problema.




Bruna 6:43 PM


Dia completamente su-rre-al!
* Certas pessoas sabem fritar meus neurônios com um simples olhar.
* Paris Photo.
* Joguei futebol com um tiquinho de gente com maria-chiquinha numa loja de discos perto da Rue du Louvre.
* Fui fotografada por um reporter sentada em cima de um scooter sorrindo estupidamente.




Bruna 6:38 PM

sexta-feira, novembro 14, 2003


Tan-tan tan tan TAN tan... Tan-tan tan tan TAN tan... (= eu, dançando pelo escritório).
Tem um moço, amigo do outro moço, que também quer que eu faça um site. Yeh! Vou encontrar com ele semana que vem. Tomaaaaaaaaaaara que dę certo. Vai ser mais um pouquinho de din din que entra pra fundação de ajuda ŕ Bruna-quando-ela-voltar-pro-Brasil-sem-emprego-e-sem-casa-e-for-morar-embaixo-da-ponte. A fundação aceita qualquer doação (roupa, casa, um colchão, cesta básica, cheques, cartőes de crédito, dinheiro de qualquer país, amor, carinho, cafuné, etc... ).




Bruna 2:52 PM


Jézuis! Que mulher maravilhosa!
(Quer apostar que em Paris tem muito mais "plá" do que em qualquer cidade do Brasil?)




Bruna 1:14 PM


Hoje ŕ noite tem aula. Será que vou? Estou cansadita. (Insônia me acordou de madrugada e năo me deixou dormir de novo). Mas quero ver os amiguinhos (vou ganhar um Cd), e ainda por cima, comi por um village todo essa semana. Entăo um pouquinho de exercício năo vai fazer mal a ninguém. Afinal de contas, năo tem pança que resiste o que eu comi, nem com a minha magreza genética...




Bruna 11:39 AM


"Bonsoir"
Eu, correndo, atrasada, descendo a escada do metro.
"Bonsoir", sorriso amarelo, apertei o passo.
"Ça va, le Brésil?"
Epa! Como assim, Brasil? Quem é esse cara? O que ele sabe do Brasil? Como ele me conhece?
"Euh... oui... ça va bien".
Daí o tio embestalhou a falar. A conecçăo internet dele não estava funcionando. Sera que eu saberia concertar?
Entramos no metro juntos, e ele só falando. Ele sabia que sou brasileira, que trabalho com computadores, que eu morava alí. Não tenho a mínima ideia de onde ele tirou essas informaçőes. Será que tenho amnésia? Alzheimer's? Ou pior, que encontrei o homen na rua um dia, e contei a minha vida? Será que ele vem de outro planeta? Ou será que sou eu que sou extra-terrestre?




Bruna 11:23 AM

quinta-feira, novembro 13, 2003


Fora os e-mails de aumento de pęnis, a mais nova moda na minha caixa de correio são e-mails de diferentes lugares na Africa, que querem me mandar 25 milhőes de dolares pra minha conta. Ou querem que eu va buscar uma caixa com um tanto mais ou menos assim de notas de não sei quanto. Isso porque o pai/tio/sócio da pessoa foi um enorme ditador, e agora está morto. E a pessoa quer tirar toda a grana do pobre defunto do país. Daí eles vem morar na Europa, eu entrego a grana, e ganho 20%. Nada mal, esse negócio, né não? Alguém quer participar? ;)




Bruna 4:35 PM


Hoje ŕ noite vou jantar na casa do Sr. JBB. Esse moço me empregou quando eu era estudante muuuuuuuuuuuuuito pobre e fudida. Naquela época eu escrevia cartas pra ele, e mandava faxes. Ele merece respeito. Mesmo se o projeto dele, daquela época, ainda está pra acontecer. Ele conhece, e conviveu, com pessoas de todos os tipos. Mas o que me fascina é que ele jantava na casa do Dalí, com sua mulher Gala. Aquele Dalí, mesmo, o de verdade. Imagina? Ele tem um livro na casa dele, autografado pelo mesmo.



Galatea of the Spheres





Bruna 3:18 PM

quarta-feira, novembro 12, 2003


Gelei! Fui mexer no site do homi, e não vi bem todo o java script enrustido naquele treco. Quando fui testar a coisa, deu zebra feia. E o medo? Meu estomago congelou. Mas só precisa-se de um pouco de calma, que tudo da certo. Li o script com calma, entendi, e corrigi. Agora está tudo de volta ao normal, inclusive meus updates. Graças. Que alívio.




Bruna 8:33 PM


Vou pra casa trabalhar. Tenho que fazer updates no Mahdavi. O site não é meu, vou só colocar algumas obras novas. Mas meu santo, que homen mais charmoso! Ele é professor da Parsons. E pintor. E tem uma história maluquíssima.




Bruna 5:43 PM


Todos voces já leram Tom Robbins? Espero que sim. O homen é um gęnio. Dos bons. Estou tendo withdrawal symptoms porque faz muito tempo que não leio nada dele. Os livros tem ficção doidíssima, ao mesmo tempo que ele expőe toda a sua filosofia de vida, que é das boas. Vale a pena. Quem não encontrar os livros dele em portugues, aprendra inglęs...




Bruna 2:48 PM


Então minha gente. Estou começando a me informar. Morando aqui, longe da civilização (e voce que achava que a Europa era civilizada, hein?), eu não conheco Los Hermanos. Todo brasileiro que presta conhece, e ouve, e sabe do que se trata. Menos eu. Mas estou pra conhecer. Pedi assistęncia, e meu amigo baixou o CD. Daqui a pouquinho, vou ouvir! Que emoção! Preciso passar lá pra pegar o famoso CD, e vou saber de que todo mundo tanto fala. Ninguém imagina o quanto a gente se sente em outro planeta, longe do Brasil, sem conhecer essas coisas...




Bruna 2:30 PM

terça-feira, novembro 11, 2003


Ah mas não é possível. Eu não vou entender esse povo nunca. Nove anos que estou aqui, e ainda nem comecei a compreender. Qual é a deles? O que eles querem de mim? Não faz sentido nenhum. E eu, hoje, o dia todo, tentando entender alguma coisa. Mas não dá...




Bruna 9:11 PM


Ai meu corpo? Bota ai meu corpo nisso! Fui pra aula, e depois numa festa. E depois voltei. E doi tudo, tudinho. Desde a bunda até a sola dos pés. Inclusive, tenho uma bolha do tamanho do estado de São Paulo. Ui.
Sou a cantora mais empolgada do grupo. Isso porque cantar é a única coisa que faço melhor do que todos os outros. Não porque sei cantar. Sou completamente desafinada. E olha que tive aulas de piano, flauta doce, violino, etc. etc... Mas isso tudo não adiantou nada. Sou péssima com música. Mas ninguém entende as letras. Sou uma das únicas que fala portuguęs direito. Então canto muito.
Hoje teve um pobre coitado que fez aniversário. Sabe o que capoeiristas ganham de presente de aniversário? O dever de jogar com TODOS do grupo. Uma roda onde os jogadores vão entrando, um atrás do outro, e o carinha fica lá, sem o direito de sair. Ele vai voltar pra casa sem poder se levantar da cadeira durante uma semana. Cruiz!




Bruna 2:17 AM

domingo, novembro 09, 2003


chega! estou cansada, e nao consigo mais fazer isso. amanha volto, respondo aos e-mails, e concerto essa coisa feia. se alguem tiver alguma ideia, usem os comments ai do lado. estou meio perdida com esse template!




Bruna 7:03 PM


template under contruction...
um pouquinho de paciencia, que ja concerto, ja, ja




Bruna 4:53 PM


depois de uma semana de deitar tarde, ou não deitar, e de sair, passear, beber, andar, explorar a cidade, voltar pra casa ŕ pé de madrugada, o menino foi-se. pegou um ônibus ao proximo destino. vou sentir sua falta.
agora volto ŕ dormir normalmente (muito) e trabalhar.




Bruna 3:21 PM


Mais sobre a lua... Ontém de madrugada teve eclipse de lua. (ou talvéz eu bebi mais do que achava!)...




Bruna 9:54 AM

sábado, novembro 08, 2003


Sobe A Lua

Sobe a lua
E inteiro não estou
mas estou
meio meiado
cortado
no chao olhando
pra cima pra lua

uma noite tao bonita
um frio forte mas bom
as bochechas rosadas
e pelo meio arrepiado

meio saudavel
meio aflito
mas vivo
sob a lua

sobe a lua
e daqui de baixo
só vejo luz

dentes quebrados
pele marcada
sonhos e sonhos
e sonhos abandonados
e ser homem
a fim
fica mais dificil assim.

sob a lua
nao deixo nada
acontecer
e inteiro não estou
fico meio
meiado
cortando
tudo em dois

uma noite tão
serena me marca
pela falta plena
de eu ser só
metade
vivendo
querendo a outra metade

e no chao
olhando pra cima
pra lua
cheia
inteira
completa
eu vivo
sob a lua

sobe a lua
e daqui de baixo
só vejo luz.

Stefan




Bruna 12:19 PM

sexta-feira, novembro 07, 2003


Já está tudo explicado. Hoje é noite de lua cheia!




Bruna 7:27 PM


Um dia eu contei a historinha do meu cartão de embarque doido na India. Achei ele em casa outro dia, e aqui está:



O borrão alí do lado direito é uma "foto" de mim, que os Indianos da Indian Airlines usam como único comprovante de quem eu sou, meu nome, e que eu estava no voo certo...




Bruna 12:49 PM


Acordei estupidamente feliz. Não sei bem porque. Talvez seja por causa do sol, apesar do frio. Ou porque estou tão cansada, que nem deu tempo em pensar no mau humor. Talvez seja por causa do meu amigo da escola, que está morando em um cantinho da minha casa esses dias, e que estou re-conhecendo, depois de tantos anos. Ou por causa da música brega, dos anos 80, que tocou no mercado, que me deu vontade de cantar. Pode ser por causa do meu amigo de capoeira, que a gente encontrou ontém, num bar simpático, onde tocavam jazz muito bom ("combustiblé"). Ou por causa de uma voz bonita, que eu não conhecida, que ouvi ontem...




Bruna 12:12 PM

quinta-feira, novembro 06, 2003


Então. Eu quero voltar pro Brasil. E não sei o que vou fazer chegando lá. Não sei onde vou morar, onde vou arrumar um trabalho, nem como, nem com quem. Só sei que eu quero voltar. E ultimamente, todo mundo diz a mesma coisa:
- Tá maluca, mulher? Pra que voltar pro Brasil? Assalto, violęncia, trânsito, poluição, a economia que foi pras cucuias, desemprego, políticos corruptos, ignorância, pobreza... Quem tem emprego trabalha das 7 da matina até as 10 da noite, e não ganha quase nada. E esse povo tem sorte, porque o resto está é desempregago mesmo.
E por aí vai.
É, eu sei. Sei de tudo isso. E morro de medo, e de pena, e de raiva.
Mas eu moro nessa terra já fazem mais de 9 anos. E tenho saudades do Brasil. E se eu não voltar logo, não vou voltar nunca. E isso, sim, seria triste. Sou brasileira, apesar de alguns outros passaportes, e algumas outras linguas, e uma educação diferente.
Mas eu acho que deus é brasileiro, sim (ele deve estar de férias, só um tempinho). E acho que esse país vai dar certo. E acho que eu vou pastar chegando lá, mas que algum dia minha vida vai se encaixar. E acho que está na hora.




Bruna 4:54 PM


O outono chegou. As folhas das árvores no Invalides, que eu atravesso todos os dias pra chegar ao trabalho, amarelaram, todinhas, do um dia pro outro. Perto de casa elas caem como gotas de chuva. (Até entupiram a escada rolante que sai do metro!). Daqui a pouquinho, as árvores estarão todas peladas. E a cidade fica cinza...




Bruna 3:51 PM


"Freedom begins with remorse. (...) Though (...) first you must leave everything behind.
Freedom begins when the truth you pick --knowing a singular one doesn't exist anyway-- is the one you can live with. And every other choice you make is wrong. It begins when the charms of the past are revealed and known to you, and the charms of the future don't exist anymore. "

Anahita Firouz

Acabei o livro hoje. Chamado In the Walled Gardens. Iran antes da revolução. Uma mulher e um homen, um amor desde sempre. Mas ela é rica, e ele, da classe média. Ela se casa com um business man. Ele, revolucionário. Eles se encontram depois de vinte anos. E tudo continua na mesma. Mas não dá certo. Nunca dá certo. Ele ama ela, ela ama ele. Os dois sabem disso. Mas ninguém nunca fica com o grande amor da vida deles, certo?

Uma vez vi o finalzinho de um filme na tv. Não sei de que pais era. Talvez Iran, também. Um homen de classe média. A família tentando arranjar uma boa (rica) mulher pra ele. Ele não queria saber de nada. E um dia, encontra uma outra moça, se apaixona. Ela, linda, inteligente. Mas ela tem um filho. Mãe solteira, não virgem. E ele quer ficar com ela. Mas a família chega, e se intromete. E o cara não tem a coragem de se defender contra os pais. A última cena do filme é no casamento dele. Com a rica, gorda, feia. E ele pensando na outra. Mas ninguém nunca fica com o grande amor da vida.




Bruna 11:42 AM


Café já năo esta tendo o efeito desejado. Acho que preciso é de anfetaminas! Domingo, năo durmi por causa do jantar francęs. Segunda năo dormi por causa de uma conversa cybernética. Terça, o amigo chegou, e dormi na casa da minha sistah (conversas até as 3 da matina). E ontem, jantamos na casa dos malucos, voltamos tarde. Hoje vou sair, e amanha tambén. Yeh!




Bruna 10:31 AM




Quarta feira, dia 12 de Novembro, ŕs 20h.
Exposiçăo 12 ŕ 16 de novembro,
de quarta ŕ sexta, 14h ŕ 22h
sabado e domingo, 10h ŕ 22h

Pavilhăo da Bienal, Parque do Ibirapuera, terceiro andar, Săo Paulo




Bruna 10:14 AM

quarta-feira, novembro 05, 2003


Outro dia fomos assistir Anything Else do Woody Allen. Esse filme é como todos os outros dele. Dessa vez ele năo faz o papel principal, mas o moço que faz, na verdade, está fazendo o personagem do próprio. Ou seja, como ele está meio velho pra fazer o papel, pegou um jóvem pra fazer a mesma coisa em seu lugar. Mas năo adianta. Eu gosto do Woody. O filme năo tem nada de novo, mas continua sendo bonitinho.




Bruna 3:34 PM


A minha fitinha do senhor do bomfim, de quase DOIS anos atrás (completamente nojenta) arrebentou agora pouco! Miraculo! Claro que năo lembro dos desejos, mas tá limpo. Finalmente, aconteceu.




Bruna 12:17 PM

terça-feira, novembro 04, 2003


Meu amiguinho, dá época da escola, que eu não vejo a uns 10 anos, está chegando, pra ficar em casa essa semana. Ui, que medo. Antigamente, ele era uma gracinha. Espero que ele não tenha virado nerd, gordo e barrigudo...




Bruna 11:15 AM


Mais ou menos um ano atrás, eu dizia que meu esporte favorito era dormir. Como eu era feliz, naquela época. Daí, cortei o dedo, levei 5 pontos. Tręs semanas depois, cortei a outra măo, mais 3 pontos. O povo do hospital deu risada (uns enfermeiros liiiiiiiiiiiiiiiiiindos!). O roomeite disse que estava na hora de tomar conscięncia do meu corpo. Como? Fazendo algum esporte mais ativo do que dormir. Ô vida dura. Ainda estou sofrendo...




Bruna 10:23 AM


Jézuis! A graaaaaande capoeirista está de volta. Ontém, morrendo de medo antes da aula. E hoje, seriamente debilitada. Ando torto, fazendo careta. Năo consigo abaixar, ou subir e descer escadas, ou me movimentar de uma maneira "normal". E isso tudo é pura falta de atividade física.




Bruna 10:08 AM

segunda-feira, novembro 03, 2003


fui pra aula. fui mesmo. inventei um monte de desculpa, mas no final fui. o Helico (a Giulia chama ele de docinho de côco) que deu aula. Ô professor fofo. mas passei mal. fiquei com as pernas bambas! tremia os músculos. agora está ficando tudo duro. amanha vai ser foooooooooooooda! vou ter cara de inválida. não vai nem dar pra subir a escada do metro...
Mestre Marinheiro veio visitar, da Bahia.




Bruna 11:50 PM


Capital da moda, my ass!
Paris, que é considerada como um dos grandes centros fashion, me desespera. Quer comprar sapatos? Odeio comprar sapatos, em qualquer cidade, mas aqui, o nível de desgosto triplica-se. Os sapatos que a gente encontra em qualquer canto săo aqueles de bico fino, de-matar-barata-no-canto, como diz minha măe. Aqueles que deixam qualquer uma com um pé de lancha, e que ainda por cima, doem tanto que impedem a pessoa de andar direito. Afinal de contas, ninguém vestiria sapatos pra poder andar direito, certo? E nós, outras pessoas (estranhas), que gostam de usar sapatos que tem, mais ou menos, formato de pé, estamos fudidos. O que tem é caro, e pouco. E quando vocę, finalmente, feliz-da-vida, encontra um sapato legal, ve metade da cidade vestindo os mesmos. Isso tudo pra dizer que fiquei louca da vida, hoje, ao sair de casa, de ver uma mulher muito un-glamour vestindo exatamente os mesmos sapatos que eu, na frente da minha porta de entrada. Argh!




Bruna 5:46 PM


Falei que năo bebia coca-cola, né? Espertinha, eu. Pois é. Fiquei doente. Rapaz, passei mal ontém. Hoje, estou com uma garrafinha de coca aqui do lado. Remédio dos boms. Sendo que é veneno, corroi todas as entranhas. Fico limpinha, limpinha, lá dentro. E preciso ficar bem. Perder mais um curso de capoeira vai dar vergonha!




Bruna 1:38 PM


Estou tentando fazer um novo template. Tudo que quero fazer só funciona no Internet Explorer 6.0. Me poupe, né? Sera que voces todos poderia mudar de browser, e usarem somente esse? Porque se não, o meu template novo vai ficar uma merda!




Bruna 1:28 PM


Machismo em casa
Ontem fui encontrar um amigo num bar. Chegando lá, veio um monte de gente, amigos dele, que moram lá perto. Muitas risadas, conversas e Gin Tonica. Depois fomos parar na casa deles, alí pertinho da Bastilha. Um casal, muito recém casado. Moram num micro apartamento. Ela, linda, super simpática. Ele, egraçadíssimo. A comida, muito boa. A companhia, melhor ainda.
O que me deixou pasma, foi a situaçăo. Ele está desempregado, ela trabalha um montăo. Um dia na vida deles é o seguinte. Ela acorda, cedinho, e ele continua dormindo. Ela se prepara pra ir trabalhar, e deixa um suco de laranja fresquinho perto da cama, com um café. Assim, quando ele acordar, năo precisa nem se mexer. Vai embora trabalhar. Ele fica em casa, bundando. Faz algumas tentativas de procura de trabalho, mas sendo a França do jeito que é, ficar meses desempregado năo é um problema. Nas palavras dele "estou procurando algo que năo quero encontrar". Até aí, tudo bem. Mas depois, ela volta do trabalho. Vai comprar a comida, prepará-la, servir o jantar. Depois lava a louça, arruma a casa, e passa a roupa dele. Quando ela se deita, cansada, ele ainda está bem. Entăo ele assiste televisăo, enquanto ela dorme. Ele tem consideraçăo, sabe? Usa fones de ouvido! E assim vai.
Ou seja, ela que trabalha, ela que sustenta o casal, ela que cuida da casa, ela que faz tudo! Ele năo levantou a bunda da cadeira nem uma vez, enquanto estávamos la. Meu amigo ainda perguntou pra ele se ela cozinha bem assim todos os dias, ou se foi algo excepcional. "Năo, é assim todos os dias, claro".
Ah, mas me poupe! Năo que seja um que devia trabalhar, e outro ficar em casa. Năo que seja a responsabilidade do homen ou da mulher. Mas tem alguma coisa muito desigual nessa história, năo tem, năo? Ela deve ficar exausta no final do dia, e ele nem se mexeu. Porque năo dividem as coisas de uma outra maneira? Năo que seja uma questăo de machismo, ou feminismo. É uma questăo de lógica.




Bruna 12:51 PM

domingo, novembro 02, 2003


"trying to find meaning
in today, and tomorrow, and everyday
because today is whatever i want it to mean
but i can't see it
i see only the banality"




Bruna 3:23 PM

sábado, novembro 01, 2003


E sabe da maior? Estou nos mugshots do DIK!!!!




Bruna 5:32 PM


Fui passear. O tempo está bonito, e nem muito glacial. A gente queria entrar na exposiçăo do Botticcelli, mas tinha uma fila que dava a volta pela metade do jardin do Luxemburgo! Entăo passeamos por lá. Tirei uma fotinhos banais, mas é bom pra lembrar como é linda essa cidade, que eu tenho tanta vontade de largar...









Bruna 5:10 PM

sexta-feira, outubro 31, 2003


Olha só que mulher maravilhosa:



Ela mora lá no site da minha irmă. Tem novidade no pedaço.




Bruna 10:46 PM


Pois é. Năo fui na aula, depois de toda a expectativa. A porra do metro empacou. O Professor năo deixa o povo entrar atrasados, com toda razăo. Raiva!!!
Daí, voltando pra casa, puta da vida, bufando, aparece um carinha do meu lado.
"Bonsoir".
Acelero o passo.
"Lembra de mim?"
Que porra é essa?
"A gente corria no parque."
A gente? Como assim, a gente?
Ele explicou que ele dava voltas no lago de um sentido, e eu do outro. E ele sorria, e encorajava. E tinha certeza que eu lembraria.
"Claro, claro..."
Pobre homen, até que era simpático. Explicou que năo corria mais, por causa do escuro, etc. E perguntou se eu fazia outros esportes, durante o inverno. Etc. Simpático. Respeitei mais ainda quando ele năo me pediu nem numero de telefone, nem me convidou ŕ correr com ele!




Bruna 7:59 PM

quinta-feira, outubro 30, 2003






Bruna 7:00 PM


Mais um para a série: Fatos inúteis Pipoca Doce

A Turquia inventou a Cola Turka!



Uma nova Coca-Cola, anti-eua. Eu năo provei, porque năo sou chegada em beber veneno, seja Americano ou outro. Mas dizem que o gosto é tăo bom quanto ao da Coca tradicional. Querem vender no Oriente Médio, onde, por razőes óbvias, um produto anti-americano será bem vindo.




Bruna 2:39 PM


Hum... Será que coloco comments nesse troço? De qualquer maneira, está precisando de um face-lift, o pobrezito. Só năo sei se estou psicologicamente preparada pra mexer em template...




Bruna 2:04 PM


Escute aqui, minha gente: năo possuo informaçőes sobre "videos de estupros grátis" (nem pagos), ou "peladas norte americanas", "foto de uma mulher com um penis engracado", nem "videos de exame ginecologico". Como é que essa gente vem parar aqui, fazendo pesquisa sobre essas coisas?!?!?!?? Năo entendo.




Bruna 1:45 PM


Isso é pura falta de stress. Meu trabalho está em fase de tranquilidade. Tenho tempo durante o dia, pelo menos por enquanto, de ler blogs alheios, seguir links para todos os cantos, e escrever besteirinhas.




Bruna 12:57 PM


Esse blog está ficando muuuuuuuuuuuuuuito chique. Agora tem link lá na Bárbara...




Bruna 12:48 PM


O Blogger está em manutençăo. Céus. E se eles apagarem tudo de novo? E se der tilt e fuder tudo? E se o programador for assim, tăo bom quanto eu, e num momento de esperteza total, fazer um "save" na versăo errada?
(Eu sei, sou meio dramática, e meio neurótica... )




Bruna 12:45 PM

quarta-feira, outubro 29, 2003


Baaaaad hair day. Mas tudo bem. Estou no trabalho sozinha, e depois vou me trancar numa salinha com um telefone até as 23:00, e depois vou pegar o metro com o aquele halito fedido coletivo, e vou dormir!




Bruna 5:56 PM


Reclamen do calor, brasileirada! Vocęs deviam passar uma temporada aqui nas Europa. Săo 17:30, está chovendo, escuro, e um frio ducaralho. O que eu năo faria por uma boa praia agora, com caipirinha e camarăo frito?




Bruna 5:30 PM


De certo, nada.

talvez eu esteja cansado,
ou sem paciencia,
ou sem vontade.

talvez seja a chuva,
ou seja a vida,
ou ainda falta de horizontes.

talvez eu apenas năo queira tanto.
ou alguém queira demais,
ou ainda ninguem saiba o que quer.

talvez seja o cabelo,
ou a camisa rasgada,
ou a roupa que teima em trocar.

talvez năo seja nada.
talvez năo.

Zander




Bruna 4:20 PM


um dia desses, vou-me embora.
começar outra vez, construir algo de novo.
mudar a cabeça.

já comecei, pelo começo:
a tralha.
mudanças sempre significam rever a tralha.
roupas que năo se usa mais,
livros que já foram lidos, ou que nunca serăo.
objetos, papéis, documentos.
revi tudo.
cartas e textos sobre sentimentos que năo existem mais.
dores que năo se sentem.
amores que năo amam.

mas fazer o que com isso tudo?
guardar?
jogar fora?
dar?
esquecer?

por onde começar?




Bruna 11:49 AM


Meu cabelo vai virar obra de arte! Uma pintora, amiga da minha irmă, junta cabelo cortado do povo, e faz arte. Năo sei bem o que, nem como. Mas meu cabelo cortado foi doado, para o mundo da arte!




Bruna 10:27 AM


Estou sozinha no escritório. Está todo mundo fora. Acho que vou achar um cantinho, e dormir!

Ontém, cinema com o moço. Fomos ver Elephant, de Gus Van Sant. Aquela velha história, tipo Columbine. Filme bonito, bem filmado, bons atores. Mas o cara năo dá nenhuma explicaçăo, nenhuma crítica, nada. Mostra o povo na escola, mostra o que aconteceu. Pronto. No final, a gente năo sai de lá com nada de novo na cabeça, ŕ năo ser belas imagens. Talvéz isso seja o suficiente. Mas năo sei.




Bruna 10:07 AM

terça-feira, outubro 28, 2003


Cáspito! A música eu já conhecia... Mas porque ninguém nunca me avisou que eles săo tăo lindos?




Bruna 12:48 PM


Voltando ao assunto de cabelos... Vi, pela segunda vez aqui o povo falar nos cabelos dos meninos dos Strokes. Confesso que năo sabia, exatamente, como eram os tais cabelos. Fui lá ver (como é que conseguimos existir tantos séculos sem internet?). Que coisa maravilhosa! Cabelos lindos, realmente. Tudo bem que é aquele "despenteado" que foi trabalhado horas e horas na frente do espelho. Mas eu năo resisto essas coisas.
*sigh*




Bruna 12:42 PM


Cabelo recém cortado dá síndrome de amputado. A gente acha que a parte que foi cortada continua lá. Ainda tenho elásticos espalhados pela casa. Quando acordo, vou direto pegar um deles. Quando lavo a cabeça, encho a măo de shampoo, antes de lembrar que agora só preciso de um tiquinho.
Mas isso é de menos. O problema é o susto quando olho no espelho, ainda meio adormecida, e vejo um espantalho com cabelos espetados, em pé, uma zona, olhando de volta pra mim. E depois, complica mais. Sabe aquele velho cliché, do cara que leva uma menina pra casa, todo feliz, e quando eles acordam no dia seguiente, ele se encontra do lado de um monstro horrendo? Porque de manha, com a cara que eu tenho, pode ter certeza que qualquer um que acordar do meu lado vai achar que sou um montro horrendo. O que fazer? Dormir de touca? Acordar de madrugada, lavar o cabelo, passar todas as melecas necessárias, e ficar assistindo televisăo, até o cara acordar? Raspar a cabeça?
Uuuuuuuuuuuuuuuuuuui...




Bruna 10:42 AM


Acordei hoje com a sensaçăo de... "today is the day!". Mas que day? Day de que? Năo sei. Day de nada. Estou delirando. Acho que deve ser ressaca. Ontem minha irmă fez aniversário. Teve festinha na casa dela. Muita gente, muita comida, vinho e fumo. E hoje, as consequęncias. Vou precisar de muito café. Muito mesmo.




Bruna 9:49 AM


Onde foi parar o outono? Hoje, atravessando os Invalides, vi a graminha toda congelada. Geada. País de doido, esse. O verăo fica tăo quente que mata todos os velhinhos dessa terra (mas eles se recusam a esperimentar o ar condicionado, mesmo assim). Daí chega o outono onde faz esse frio deshumano, e com geada! Aaaaaaaaaaaah, mas me poupe!




Bruna 9:33 AM

segunda-feira, outubro 27, 2003


Meu grupo de capoeira recomeçou em Setembro. Como minha parceira voltou pra Itália, e fiquei sozinha e triste, inventei um milhăo de desculpas esfarrapadas pra năo voltar pra lá. Acontece que ando fazendo altas propagandas do grupo por Paris afora, e tem um povo que se juntou ao grupo por causa disso. O menino me telefonou esse fim de semana perguntando:
"Vocę falou tanto, tanto que fomos pra lá, e năo te encontramos. O que significa isso?"
Foda. Entăo, vou ter que voltar... Colocar as banhas pra trabalhar! Sexta feira estou lá. Agora tenho compromisso com os amiguinhos. Năo tenho mais deculpas. Uuuuuuuuuuuuuuuuuuuui, que medo!




Bruna 10:32 AM


Novo link, amigos. Olha só que bonitinho, aí do lado, o "mundo pequeno". Um monte de brasileiros perdidos pelo mundo afora...




Bruna 10:17 AM


nem caga, nem desocupa a moita
essa é uma das muitas frases filosóficas da minha măe. pois é. que porra é essa? daqui a pouco vai fazer um ano que esse menino nem caga nem desocupa meu coraçăo. ou dá ou desça, merrmăo. já passou da hora. mas năo. năo tem jeito. como eu já disse, quando eu tiver uns 75 anos, e muito cabelo branco, e muita sabedoria, vou acordar uma manha, e vou entender que năo vai dar, isso tudo. até lá vou fumar muito bidis, e vou beber muita pinga, e tudo vai continuar igual.
começar a fumar depois de velha é roubada. é ou năo é? se enfeitiçar por uma pessoa que năo tem condiçőes de ficar comigo também. mas năo estou conseguindo tirar isso da minha cabeça. palhaçada... palhaçada das brabas...




Bruna 9:59 AM

domingo, outubro 26, 2003


ouça meu silęncio ...




Bruna 10:53 PM


Ó, aí vai, mais uma vez, a campanha emprestada do Rodrigo.



Colaborem!




Bruna 9:13 PM


Entăo. Voltei... por enquanto. Estou tentando resolver se mudo de lugar ou năo. Mas por enquanto continuo por aqui.
Cortei o cabelo. Rapei, na verdade. Antes estava na altura dos ombros. Aquele cortinho e comprimento sacal, igua ŕ todo mundo. Minha irmă, a cabeleireira oficial, me botou na banheira, e fez sua arte. A gente nunca sabe direito no que vai dar, quando ela faz isso. Eu pensei em fazer uma franja, mas năo deu certo. Ou melhor, deu muito errado. Agora entupo os belos fios de meleca (gel, mousse, creme... you name it, I use it). Ficou curtinho, curtinho. Mas mudou, que é o mais importante.
Como diz a baxt, vocę sabe que o cabelo cresceu quando começa a tomar banho sem lavar a cabeça. E eu, pior, comecei a pensar em até usar condicionador de novo. Fazem anos, que năo uso condicionador. Resolvi que estava na hora de uma mudança.




Bruna 8:55 PM

sábado, outubro 25, 2003


Aaaaaaaaaaaaaahhhhhh! As manhas dos sábados meio que ressaquentas... Me lembra da minha infância... Hihihi.
Depois de somente 6 horas de sono, fui acordada meio que violentamente. Sono sábado de manha é sagrado, năo é năo? Mas tudo bem, tá limpo. Tenho bastante trabalho, e belas coisas ŕ criar...




Bruna 2:00 PM

sexta-feira, outubro 24, 2003


* portes ouvertes terminé
* client vu et content, facture qui suit
* semaine completement bizarre fini

Je suis contente

Peut ętre que je devais ecrire en français????





Bruna 9:40 PM

quinta-feira, outubro 23, 2003


Muito bom!
www.paralelos.org




Bruna 5:40 PM


Amanha tem Open House (Journée Portes Ouvertes) por aqui. Sigh... Vou passar o dia fingindo de chique e deslumbrante, puxando o saco dos pais e outros interessandos na faculdade. Vou arrastar o povo pelo bairro, mostrando os diferentes prédios e salas de aula, e dar presentaçőes sobre os detalhes da faculdade que eles esquecerăo e re-perguntarăo. Joy!
Vou tirar férias forçadas do blogue...




Bruna 5:08 PM


Aaaaaaaaaaaaaaai! Estou sofrendo. Sou uma inválida... Ó céus... O vidro que me cortou năo saiu do meu pé. Está encravado lá dentro, quentinho e feliz. Deve ser um pedaço microscópico, mas como dói! Quero meu pai! Só ele sabe cuidar dessas coisas!
Cheguei no trabalho mancando, ainda. Estava pronta pra pagar os tufos numa consulta médica, e tirar uns tres dias do trabalho para a recuperaçăo. Mas tem uma menina que trabalha aqui, que me explicou direitinho o que deve ser feito. E me obrigou ŕ diminuir o teor dramático da situaçăo. Hum... Vou ter que esperar essa noite, e fazer uma auto-mini-cirurgia. Se eu năo postar amanha, podem ter certeza, houveram complicaçőes durante a operaçăo...




Bruna 10:26 AM

quarta-feira, outubro 22, 2003


Caaaaaaaaaaaaaaaara, estou com fome de novo! Săo 5 horas da tarde, a ao meio dia eu comi uma TONELADA de comida chinesa. Me poupe. Inverno é infernal. Vou virar um elefante...




Bruna 4:55 PM


Mais sobre Istanbul...

Pegamos um taxi, eu e minha amiguinha. Um senhor muito simpático, que nos informou, com um ar importante, que era um dos taxistas mais famosos de Istanbul! Porque? Bom, ele tem um site (www.besttaxidriver.com). Ele também apareceu em alguns programas da National Geographic, etc, sobre taxistas em diferentes cidades do mundo, assim como em vários artigos de jornais. Ele tem muitos livros, com recados de seus passageiros, cada um de um país diferente. Fora tudo isso, ele também é professor de dança do ventre (!!!!) e tem muitas namoradas. Disse que tem muitos filhos espalhados pelo mundo afora, que ele nem conhece. Se alguma vez a gente ver uma loira muito linda, holandesa ou suéca, com um filho moreno, só pode ser dele!
Pode-se reservar viagens no taxi dele por telefone, e-mail, ou através do site.
Ele nos deixou na frente do hotel, com seu sorrizo sedutor e simpático, de um homen que sabe das coisas, e aproveita a vida, vivendo-a de sua maneira.




Bruna 3:48 PM


Se esse homi aparecesse na minha frente, eu faria qualquer coisa que ele pedisse... Qualquer coisa. Desde casar e fabricar 15 filhos pra ele, até passar o resto da minha vida cortando suas unhas dos pés. Que créatura!





Bruna 1:43 PM


Que pena que năo existem mais aquelas máquinas que tiravam fotinhas assim. Agora só tem aquelas que tiram as 4 fotos identicas, e digitais ainda por cima. Nem com toda a hype de Amelie Poulain as maquinas antigas voltaram. Lembro, na minha adolescęncia, quando a gente espremia quatro meninas numa daquelas coisas. As fotos saíam com o nariz de uma, a orelha da outra, um queixo e um pedaço de testa. E a gente brigava pra ver quem ficaria com qual foto.




Bruna 12:59 PM


Entăo. Ontém tinha cacos de vidro no chăo da cozinha. E eu pisei em cima. Pisei porque sempre ando descalça em casa. E duvidei das propriedades cortantes do vidro. E atravessei a casa toda com o caco no pé. Hoje estou mancando como uma velha de 90 anos. Eu sei, eu mereço.




Bruna 10:13 AM


Blogger, seu mané! Devolva meus arquivos!




Bruna 10:09 AM


Aaaaaaaaaaaaaaaah, năo vai dar. Năo vai merrrrmo. A máquina de café está quebrada. Vou entrar em crise. Como é que a máquina pode quebrar num dia tăo frio? Năo tem condiçőes! Olha a minha cara de quem vai sair pra buscar um café alí na esquina, quando o ar que a gente respira sai branco. Já basta que sou obrigada ŕ sair de casa, agora vou ter que sair pra buscar café?




Bruna 10:05 AM

terça-feira, outubro 21, 2003


While trying to defrost ...
(Texto do dia 7 de Outubro, no trem, voltando de Bruxelas)

Năo gosto da Bélgica. Năo gosto mesmo. Vim pra cá com boa vontade, porque de repente as outras vezes me tinha me enganado. Mas năo dá. Ô lugar horrível!
Cheguei ontem, participei do salăo, e tentei voltar ao hotel. Chegando lá, o senhor năo conseguia entender que minha agęncia de viágens tinha pago a minha noite. Expliquei o esquema várias vezes, e finalmente ele me deu a chave do quarto, comentando que eu tinha pouca bagagem. Quase que me desulpando, expliquei que ficaria nesse país somente uma noite. Năo disse que teria feito de tudo pra passar o mínimo tempo possível naquele lugar.
O quarto, feio, fedia, literalmente. Năo sei de onde vinha aquele odor. Deixei a janela aberta, dormi gelada.
No dia seguinte, o senhor ficou bravo porque minha agęncia de viagens tinha comprado uma passagem de trem que saía de Waterloo, em vez de outra estaçăo chamada năo-sei-o-que-em-holandęs, mais perto. Parece que ficou pessoalmente ofendido com o fato de que eu teria que andar de taxi durante 8 minutos, em vez de 5.
-- Moço, estou pouco me fudendo pro nome da estaçăo. Só quero chegar em Bruxelas e pegar o meu trem pra casa.
Consegui chegar 40 minutos antes do horário marcado pro Thalys Bruxelas – Paris. Perfeito. Tomei um café horrível e esperei.
Na hora marcada, subi na plataforma do meu trem. Estava marcado 10:40 + 00:20. O que é + 00:20? O trem atrazou? Ninguém sabia dizer.
Esperamos na plataforma, onde a chuva e o vento deixaram todos meio endurecidos e lerdos. Vira e mexe um moça anunciava algum trem que tinha mudado de plataforma. Os anuncios eram em francęs incomprehensível e depois em holandęs. Muito útil. E como é que todos esses trems chegam nas plataformas erradas? Que porra é essa?
O nosso Thalys mudou de plataforma também. Claro. Quando finalmente chegou (joy !) e achei meu assento, fui parar num vagăo cheio de crianças gritando, e de senhoras conversando sobre experięncias "superbes! spendides!" que tiveram năo sei onde.
A senhora do meu lado, com seus cabelos oleosos, lavados pela última vez em 1986, tosse de 10 em 10 segundos, para liberar sua garganta de um monte de catarro. Ela usa meia garrafa de algum perfume com cheiro de flôr, um cheiro estridente, que me dá a maior dor de cabeça do căo. Ela me olha feio quando puxo a gola da blusa pra cima, cobrindo o nariz, que colo na janela. Observo a vista, o lindo countryside belga, cinza e chuvoso, com as fábricas soltando fumaça no fundo dos campos.
Sinto, mas năo suporto a Bélgica!




Bruna 3:25 PM


Quando eu era criança, e morava na Inglaterra, um dia minha professora de classe (Mrs. Soutter, uma Australiana com uns dentőes enormes, que eu adorava) disse uma coisa que eu sempre lembro: os seres humanos tęm uma estranha necessidade de ouvir histórias todos os dias de suas vidas. Năo passa um dia sem que a gente leia um livro, jornal, assista televisăo, ou fofoque com a vizinha. E é verdade. Por isso que historinhas sensacionalistas sobre a vida das estrelas, etc. faz tanto sucesso. Os que năo encontram bons livros, contam histórias sobre outras pessoas. E quando as pessoas săo conhecidas pelo mundo afora, isso interessa ŕ um maior numero de pessoas. Eis as revistas imbecis como "Caras", etc. Eis que a separaçăo de J-Lo e Ben, que aparece na CNN. Tudo isso é pura falta de boa literatura. De onde vem o enorme sucesso dos clips da MTV? Mini historinhas que acabam rapidinho. Ideais para os mini attention-spans da nossa geraçăo! Tudo isso para dizer que fofoca, e interesse na vida dos outros, é falta de bons livros. Eu tenho uma lista gigatesca de sugestőes, viu gente? É só pedir. Querem uma idéia? Văo ler os grandes: crônicas do Estadăo.




Bruna 10:50 AM

segunda-feira, outubro 20, 2003


Queria poder dizer, ou escrever, alguma coisa que fizesse com que tudo voltasse ao normal. Ao tempo light e sem drama, que era minha vida, antes. Antes de um ano atrás, Novembro, quando tudo virou de ponta cabeça. Um menino entou na minha vida, assim, sem mais nem menos. Ele não foi convidado, nem bateu na porta. Simplesmente entrou. Năo pediu permissăo, e nem precisava.
E logo depois, algumas semanas, outra pessoa chegou. Dessa vez uma menina. E entre os dois, eles bagunçaram tudo. E até hoje, essa zona reina minha vida.

Antes disso, muito antes, conheci meu roomeite. A gente virou amigo, e logo depois, se apaixonou. E moramos juntos, e dividimos tudo. A vida, as experięncias, a pobreza de ser estudante numa cidade tăo maravilhosa e tăo cara. Ele me ensinou muito. E depois acabou. O amor foi-se embora. Assim como muitas vezes acontece com essas coisas. O que foi diferente no nosso caso, foi que viramos amigos. Grandes amigos. Ninguém acredita, até hoje. Fiquei conhecendo suas namoradas, e ele, meus relacionamentos. Uma vez, até aconteceu de um menino ficar com tanta raiva da nossa simples amizade, que me diz o que ninguém tem o direito de dizer: "Ou ele, ou eu". Năo tinha confiança nele mesmo, nem em nosso relacionamento. Não pensei duas vezes. Fui embora. Năo porque escolhi meu amigo. Năo se escolhe uma pessoa ou outra. As pessoas vivem todas no mundo, ao mesmo tempo. Năo existe escolha. Ninguém pediu pra vir pra cá. Entăo fui embora. Tiveram outros, e outras. Os meus outros tiveram que entender. E as meninas dele também.

E daí, mais ou menos um ano atrás, tudo mudou. Me apaixonei. E logo depois, ele também. Isso alguns meses depois de estarmos morando juntos, novamente. N?o foi bem por escolha, foi porque a gente foi morar em casas separadas, e sempre acabava um na casa do outro. Ele vinha morar no meu estúdio minusculo, e eu fiquei cansada de dividir o meu espaço pequeno e escuro com ele. Pedi para que ele também pagasse o aluguél, e mudamos para um lugar para os dois. Como amigos. Nunca teve mais nada entre nós. Desde o dia que resolvemos desmanchar, anos antes. Quando dormíamos num quarto só. Agora temos dois quartos. E duas vidas.

Mas agora tinha outra menina na história, e outro menino. Eles tinham dificuldades em entender nossa situaçăo bizarra, que para nós era normal. Meu menino foi-se embora. Encravou as unhas no meu coraçăo, mas foi-se embora. A menina dele năo foi. Ficou. E eles se amam. E tudo é lindo. Fora eu, que moro aqui, com ele.

Sei que isso é dificil de entender. Sei que eu também năo ficaria numa boa se meu amor morasse com sua ex, e disesse que estava tudo na paz entre eles. Eu também năo entenderia. Mas é assim. Ou pelo menos, era.

A menina chegou, e năo gostou. De mim, da situaçăo. E brigamos muito, eu e ela. Feio. E desde entăo, năo nos entendemos. Na verdade, nunca nos entendemos. E portanto, temos muito em comum. Ela ama uma pessoa que eu também amei. Uma pessoa que agora mora comigo.

Agora tudo mudou. Ele acha que cometi algum crime horrendo em năo me dar bem com a menina. Acha que tramo coisas horríveis contra eles. Acha que coisas que eu fiz, coisas que eu disse, năo serăo nunca perdoáveis. Mas eu nunca pedi perdăo, porque năo vejo qual foi meu crime. Năo vejo as coisas da mesma maneira.

Comecei a escrever esse blog meses atrás. Tive a idéia porque lí outros. E num deles, da maior blogueira do Brasil, lí as palavras de Bukowsky: "These words I write keep me from total madness". Entendi porque ele escrevia. E porque ela fez seu blog. Acho blogs muito cafonas. Por isso năo disse a quase ninguém que tinha um. A intençăo era escrever para năo enlouquecer. Um pouquinho de alívio, um pouquinho de diversăo. Algo ŕ fazer nas horas de tédio que invariavelmente aparecem em qualquer emprego de escritório. Năo fiz por mal a ninguém, năo queria fazer nenhum tipo de difamaçăo, nem provocaçăo.

Mas aconteceu o que năo devia acontecer. Encontraram meu blog. Leram tudo, tudinho. Do começo ao fim. E a raiva que tinham de mim só aumentou. E desde entăo, năo falam mais comigo. Năo querem minha companhia. Mal querem minha existęncia. Mas lęem meu blog. Religiosamente. Procuram informaçőes sobre eles mesmos. Querem saber o que eu penso, o que estou tramando. Eu moro aqui do lado. Divido a cozinha, o banheiro, o aluguél com ele. E ele năo fala comigo. Mas lę as besteiras que escrevo.

Pensei em mudar de endereço, em apagar tudo. Pensei em parar de escrever porcaria pra sempre. Afinal de contas, o que adianta, escrever besteiras num site que năo vai a lugar nenhum? Mas o negócio é o seguinte: năo escrevo pra ele, nem pra ela. Năo escrevo para meu amor que se foi, que também ficou conhecendo esse endereço. E também leu todas as letrinhas, desde o começo desse existęncia. Eles todos vęm colher informaçőes, que depois penduram na minha frente, e utilisam em argumentaçőes sobre tudo e nada. Mas tudo isso nőo é para eles. Escrevo porque preciso. Porque tenho nheca na cabeça, e como năo tenho um mar para mergulhar e me limpar das melecas dentro de mim, preciso me livrar delas de alguma outra maneira. Já disse que năo precisavam ler nada disso. Já disse que a internet é um oceano infinito de coisas lindas ŕ serem descobertas. Já disse que năo precisavam perder tempo procurando alguma coisa aqui dentro. Pode perguntar, que eu respondo. Direto. Ao vivo, por e-mail, por comunicaçőes telepáticas, telefone, de qualquer maneira que quiserem. Mas eles preferem voltar aqui, pra continuar a procura, a pesquisa que fazem dentro da minha cabeça.

Năo estou fugindo de ninguém. Năo estou mandando mensagem subliminais aos internautas conhecidos e desconhecidos. Năo estou publicando informaçăes particulares ŕ ninguém para o munde ver. Escrevo aqui, porque esse é meu espaço. MEU. Essa é a natureza dos blogs. Umbiguismo. Minha pequena, minúscula chancezinha de escrever o que penso, de tentar ser engraçada, e falar besteiras que ninguém aguenta mais ouvir. Porque tenho necessidade de escrever. Meus amigos, minha irmă, meus colegas, já năo queriam mais ouvir certas histórias. E eu queria continuar a falar nelas. E em vez de anotar em caderninhos e pedacinhos de papel pela casa afora, anoto aqui. Algumas delas, pelo menos. Ainda tenho caderninhos, envelopes, contas de telefone celular, com historinhas anotadas. Mas aqui tem mais. E juntas. E isso pode me prejudicar. E já prejudicou, e vai continuar.

Eu năo quero arranjar briga com ninguém. Năo estou tentando sabotar a vida de ninguém. Năo quero, principalmente, brigar com essa pessoa que dividiu minha vida todos esses anos. Mesmo se ele nunca mais me perdoe (palavras dele) e mesmo que isso for realmente o fim, o que vivi com ele, pra mim, foi bonito. E amigos assim năo crescem em árvores. E histórias assim năo se vive todos os dias.

Peço a vocęs, citados acima, e ŕ outros: Quem năo quiser saber do que escrevo aqui, năo leia. Quem quiser procurar razăes para me odiar, năo use esse espaço como desculpa. Quem năo gosta de mim, quem năo me entende, vai continuar a sentir tudo isso. E ler esse blog só vai aumentar o ódio dentro de vocęs. O que năo serve pra nada. Podem me odiar ŕ vontade, pelo que sou. Mas năo pelo que escrevo. Deixem meu blog em paz. Esse é meu espaço, onde coleciono minhas neuroses, minhas loucuras, que năo pertencem a vocęs.

Aos outros, que estăo pouco se fudendo com meu drama doméstico, desculpe. Se vocęs vęem pra cá para ter um pouco de cheap entertainement, prometo que ele já volta já.

Ninguém precisa se submeter ŕ novela mexicana da minha vida. Ao menos que queiram.

Quem tiver alguma coisa a dizer, podem falar a vontade. Tem "comments" aí do lado.

Obrigada. Até mais ver.




Bruna 11:03 PM


Meu projeto estranho e inútil das camas completou um ano esse mes. Ŕs vezes, năo me entendo...




Bruna 7:14 PM


Jézuis. Só penso em chocolate! O que está acontecendo comigo? É o frio glacial europeu chegando? É caręncia? O que é?




Bruna 7:00 PM


Ŕ pedidos, mais fotos. Depois procuro outras mais manêêêêiras. Essa é estranha, mas achei interessante, assim, graficamente... hum...


Minha banheira, no hotel super granfino em Istanbul.





Bruna 5:27 PM


O Stefan vai me levar pra Timbuktu. Eu vou. Ahhh, se vou!




Bruna 11:36 AM


Passei metade do fim de semana batalhando com o scanner. O roomeite me deu permissăo especial para usá-lo. Ele tinha me colocado de castigo por ser uma bruxa malvada. Continuo de castigo, mas agora posso usar o scanner alguns dias. Logo devolvo.
Scannei 7 (SETE!) filmes de fotos da moça que trabalha comigo. Ela tem 65 anos, e a faculdade está obrigando ela ŕ se aposentar. Ela acha isso tudo uma grande besteira. Mas resolveu que vai ser atriz, modelo de propagandas, qualquer coisa que ela achar. Está batalhando. Na minha fase de "wanna-be" fotógrafa, tirei as fotos pro "book" dela. Ela recentemente operou os joelhos, perdeu um montão de peso, e está com a bola toda. Bonita, jóvem, super dinâmica, ela vai longe!





Bruna 10:35 AM

domingo, outubro 19, 2003


Istanbul





Bruna 7:33 PM


"God bless the inventor of sleep, the cloak that covers all men's thoughts."
Cervantes




Bruna 7:02 PM

sábado, outubro 18, 2003


les samedis sont trop courts
Nina Simone me faz companhia enquanto trabalho...
Nina e meu incenso "quebra feitiço"... Só pode ser um feitiço, e eu tento qualquer coisa...




Bruna 6:44 PM


Travis - Re-Offender

Keeping up appearances
Keeping up with the Joneses
Fooling my selfish heart
Going through the motions

But I'm fooling myself
I'm fooling myself

'Cause you say you love me
And then you do it again
You do it again
You say your sorry's
And then you do it again
You do it again

Everybody thinks you're well
Everybody thinks I'm ill
Watching me fall apart
Falling under your spell

But you're fooling yourself
You're fooling yourself

'Cause you say you love me
And then you do it again
You do it again
You say your sorry's
And then you do it again
You do it again
And again and again and again and again

Oh

But you're fooling yourself
You're fooling yourself

'Cause you say you love me
And then you do it again
You do it again
You say your sorry's
Then you do it again
You do it again

You say you love me
And then you do it again
You do it again
You say your sorry's
Then you do it again
You do it again
And again and again and again and again




Bruna 6:25 PM

sexta-feira, outubro 17, 2003


Vou alí afogar an mágoas no Buddha Bar. Decadęncia, mas estaremos em companhia de turistas que querem conhecer... Argh!




Bruna 8:17 PM


Quando era adolescente, eu tinha um lindo chapeu preto, tipo Charlie Chaplin. Minha irmă pegou emprestado um dia, e esqueceu meu lindo chapeu num trem. Chegou na sua estaçăo, desceu do trem, e meu chapeu năo desceu junto. Fiquei acabada. Aquele chapeu era meu refúgio. Quando năo estava feliz, vestia o chapeu, puxava bem pra baixo, e passava o dia escondida dentro dele. Agora tenho outro chapeu, mas năo funciona da mesma maneira. Năo encontro paz dentro dele. Quero meu velho chapeu!




Bruna 12:15 PM


O problema com essas viagens é o seguinte: enquanto tem um monte de gente conhecido, tudo fica uma correria. O trabalho, os jantares, drinques, as visitas ŕ cidade desconhecida, etc. Sobra pouco tempo de descanso. Depois eles văo embora. Daí sobra tempo demais. Sozinha, começo a pensar. Horas nos aviőes, trems, taxis, salas de espera, salas de embarcaçăo. A cabeça trabalha demais. Penso nas minhas obsessőes, nas minhas açőes. Penso que minha vida precisa ir pra frente, e que preciso esquecer. Toda a vontade do mundo năo muda as pessoas. O que năo aconteceu em um ano de espera e ansiedade, talvéz năo aconteça nunca. Mas malditos sentimentos que năo se desprendem de mim! Quero ser livre disso. Quero viver minha vida sem eles. Porque năo sou capaz de me livrar disso?




Bruna 11:30 AM

quinta-feira, outubro 16, 2003


Historinhas de Istanbul
Rodeada de Americanos por causa do trabalho, fui explorar a cidade. O nosso motorista de taxi (moreno, alto, olhos verdes e sotaque charmoso), levou a mulherada ao “Grand Bazaar”, um mercado coberto, um labirinto de lojinhas: tapetes, louça, muita prata, joias, comidas, especiarias. Grandes ruas principais, e outra pequenas, mais escuras e sujas. Tudo muito civilizado, longe do cáos dos mercados marroquinos e indianos. A grande maioria dos logistas falam inglês, são simpáticos e abertos as negociações de preço. Convidam as mulheres a tomar chá, passear, jantar e até casar!
As meninas saíram de lá carregadas de mercadorias e presentes. Comprei somente um pingente de prata. Minha energia para negociar, brigar e carregar porcaria estava em baixa !
Ŕ tarde, o salăo de universidades. Vestido preto, batom, e sorrizo "ŕ volonté". Minha voz vai perdendo a força, mas a simpatia com os lindos estudantes turcos vai aumentando.
À noite, jantar na casa do Larry. Fora as sessões de puxa saco e "networking", a comida é excelente. Boa oportunidade de conhecer o mundo dos "internacionais" que moram nessa cidade maravilhosa.




Bruna 5:11 PM


Istanbul - uma das mais belas cidades do mundo. A cidade é dividida em 3 partes, pelo rio Bosphorous. Uma parte européia, uma parte asiática, e a parte antiga, onde a maioria dos mosques, mercados e pontos turísticos estăo situados. Veja mapa muito tosco abaixo:



Os Turcos săo interessantíssimos. As mulheres, sempre muito elegantes e bem vestidas, săo lindas. Os homens săo bonitos galăs na juventude, e depois de uma certa idade, deixam o bigodăo crescer, e usam cabelos oleosos e gosmentos, com barrigas protuberantes. Por alguma razăo năo entendível, tudo isso năo parece encomodar as mulheres.
Todos os que tęm oportunidade ($$) estudam es escolas internacionais. Dăo grande importância ŕs línguas, principalmente ao inglęs, francęs e alemăo.
Um povo muito acolhedor, educado e gentil. Istanbul merece uma visita!




Bruna 2:24 PM


Descobri o porque dos robocops infestando Istanbul... A Turquia aceitou de mandar um monte de militares ao Iraque (mais robocops), e no dia seguinte, explodiram a Embaixada em Bagdad. Voilŕ. Ainda bem que eu năo sabia nada disso enquanto estava lá. Já fiquei suficientemente traumatisada quando explodiram o hotel onde fiquei em Delhi, duas semanas depois da minha viagem. Enough already!




Bruna 1:25 PM



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